Texto porVictória Silva
Jornalista, Santos

Síndrome de burnout teve aumento na pandemia, você sabe o que é?

Desde março, a gente tem ouvido falar num tal novo normal.

O home office está nesse pacote. Há quem o defenda com unhas e dentes, seja por não precisar pegar ônibus para ir ao trabalho ou por ser mais produtivo em casa. Mas a verdade é que nem todo mundo tem vivido dias de glória com o trabalho em casa.

Joanna Batista é uma dessas pessoas. Mãe solo de uma garotinha de 6 anos, ela tem uma jornada de trabalho que simplesmente não acaba. As obrigações do escritório, gerenciar a educação a distância, almoço, roupas para lavar, brincar com a filha… As 24 horas não dão nem para o cheiro. Nas últimas semanas, ela sentiu um cansaço inexplicável.

E ouviu falar sobre a síndrome de burnout pela primeira vez

De acordo com pesquisas, cerca de 30% dos brasileiros sofrem com burnout. Estimativas apontam que, desde que a pandemia teve início por aqui, o número subiu e deve continuar subindo de maneira explosiva.

juicysantos.com.br - síndrome de burnout

Em resumo, a Síndrome de Burnout (ou Síndrome do Esgotamento Profissional) é um distúrbio emocional com sintomas como, por exemplo:

  • Cansaço excessivo, físico e mental;
  • Alterações no apetite;
  • Insônia;
  • Dificuldades de concentração;
  • Alterações repentinas de humor;
  • Fadiga;
  • Dores musculares;
  • Problemas gastrointestinais;
  • Alteração nos batimentos cardíacos.

Tudo isso resulta de uma rotina de trabalho desgastante, com muita competitividade ou responsabilidades.

De acordo com o médico Paulo Lessa, a síndrome costuma aparecer em profissionais que atuam diariamente sob pressão. Neste período de pandemia, médicos, enfermeiros e professores estão mais suscetíveis.

“Pode resultar em estado de depressão profunda, e, por isso, é essencial procurar apoio profissional no surgimento dos primeiros sintomas”.

Se acaso você estiver sentindo algum dos sintomas, não tome remédios sem prescrição médica. É possível encontrar ajuda psicológica em Santos de graça ou com valores amigáveis, caso seja necessário.

Além disso, o profissional aconselha que a rotina tenha momentos de relaxamento – uma fuga das obrigações. Pode ser tanto uma atividade física quanto assistir um filme. Dormir bem também é essencial.