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Toninho Dantas, Santos sente sua falta

Hoje, 14 de maio de 2011 completamos um ano sem um dos maiores (se não for o maior) agitador cultural de Santos. Toninho Dantas nos deixou em maio de 2010, plantando também uma série de dúvidas em nossa cabeça. Hoje nós deixaremos o dia todo reservado para Toninho Dantas receber nossas palavras de saudades e carinho, e você também pode participar, comentando nos posts relacionados a essa homenagem!

É importante frisar que Toninho não morreu. Toninho estreou no Cemitério Memorial, em Santos. E ficará em cartaz por toda a eternidade na cena cultural Santista. Me lembro, até hoje de ter rido muito num dia triste… quando Toninho se foi, recebi do Junior um e-mail inusitado, com o título: Toninho Dantas estréia às 17h no Memorial. Dizem que teve até escola de samba. Não duvido.

É unanimidade que quem ama o que faz, faz bem-feito, e Toninho materializava essa vertente de pensamento como ninguém. O Curta Santos nasceu de amor puro pelo cinema e por Santos, levando e trazendo o nome da nossa cidade para vários pontos do mundo.

Junior, eu, Toninho e seu olhar

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Lembro da alegria do Toninho em falar do projeto, em viajar nas temáticas de cada ano. Toninho Dantas era um louco dos mais loucos, e encontrá-lo pela cidade era provar de uma loucura boa com mantendo a sanidade que a gente acha que tem. Um louco como vários, onde quando rompida a barreira do preconceito perante à loucura, nos deparamos com uma genialidade de difícil repetição. Toninho sabia muito de muita coisa: arte, teatro, cinema, música, cinema clássico, cinema nacional, direção, eventos, vendas, relacionamento, atuação. Toninho era ator e amor. Dor e cor. Dom e som. Som? Sim, som. Toninho era meio surdo, e fazer uma reunião com ele (especialmente sem o Junior) te deixava rouco e louco. Até hoje tenho dúvidas se ele não ouvia mesmo, pois sempre achava que ele entendia o que a gente queria dizer mesmo sem concluirmos uma frase. Toninho era síntese e antítese.

Sua vida na minha ótica – era obscura, nunca entendia como ele vivia, o que ele comia, como ele pagava suas contas, quais músicas ouvia quando estava sozinho em casa. Ao mesmo tempo que tinha esses mistérios, Toninho era transparente, elogioso e amava mesmo que não o amava.

Toninho via talento antes do talento brotar. E agora Dantas faz brotar de sua terra uma grande missão. A continuidade de uma história que está nas mãos da cena cultural da nossa cidade. Saudades de você, Toninho.


Quem foi premiado no Curta Santos 2008 jamais esquecerá esse dia.

Ludmilla Rossi
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