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Camilla Albani, uma santista dando a volta ao mundo

Se você estivesse à beira de um abismo, olhando para baixo e encarando a morte, ficaria feliz com o que viveu?

Foi essa a pergunta que motivou a santista Camilla Albani a largar tudo e desbravar o mundo. “Pode parecer estranho, mas tudo começou em uma palestra que eu assisti em 2013. Depois desse questionamento, eu percebi que estava fazendo o que os outros esperavam de mim e não o que me fazia feliz”, explica.

“Como eu amo viajar, percebi que seria um bom projeto para dar uma parada na minha vida, rever valores, me conhecer e enfrentar medos e preconceitos”.

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Já faz algum tempo que a ideia de um período sabático tornou-se mais popular, há sempre noticias de casais que embarcam nessa aventura. A ideia da Camilla, inicialmente, era ir com um amigo, mas ele deu para trás. No blog Asas & Raízes, ela conta como foi encarar o fato de que iria sozinha, a escolha do roteiro e, agora, como está sendo a viagem.

“O mais difícil foi nadar contra a maré. Tenho boa formação (em Engenharia de Produção), tinha um bom emprego e algum dinheiro guardado. O próximo passo seria comprar um apartamento, financiar em 30 anos e comemorar a varanda gourmet”, brinca. “Sem falar na questão da idade: aos 35 anos eu deveria estar pensando em arrumar um marido e ser mãe. Decidi adiar essas coisas, um dia eu trabalho para encher o cofrinho da casa própria”.

Atualmente, a Camilla está na Austrália, 14 horas a frente de Santos e a muitos quilômetros da família e amigos.

“Além da saudade das pessoas que ficaram no Brasil, também tem o aconchego de um lar, já que durante um ano a minha casa será o mundo”.

Sobre a viagem

Para embarcar nessa aventura, a santista viajante contou com uma passagem especial, o ticket de volta ao mundo da Aliança One World. Existem uma serie de regras, entre elas: você precisa começar e terminar a viagem na mesma cidade, no período de um ano, a viagem precisa ser para a frente, nada de zig-zag e o número máximo de trechos é 16. “Uma informação muito importante é que a empresa que emite todas as passagens será a do primeiro trecho, então é bom escolher com cautela, uma empresa com boa reputação internacional”.

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Além do cuidado com as passagens, a Camilla também começou uma preparação com um ano de antecedência. “A primeira coisa que eu fiz foi ir a um médico especialista em medicina do viajante, para saber todas as vacinas que precisava tomar, algumas têm várias doses e isso leva tempo”.

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A questão financeira foi resolvida cortando gastos: nada de roupas durante um ano, para citar um exemplo.

Depois de tudo isso, foi só arrumar as malas. “Eu trouxe um mochilão de 70 litros, são só quatro pares de sapatos. Além dele, tenho uma mochila menor com notebook, câmera e essas coisas. Nada além. Estou numa fase de adaptação nesse quesito”, finaliza a viajante.

Ficou com vontade de embarcar nessa também?

Assista à palestra que motivou a Camilla, vai que te dá aquele empurrãozinho, né? E não deixe de acompanhar a viagem dela lá no blog.