O dia a dia do autismo em fotos
A palavra autismo tem ficado cada vez mais frequentes nos diálogos de pais, educadores e da comunidade.
Mas, tirando a abstração do termo, você consegue imaginar como é a rotina de uma família cujo membro (ou membros) vivem dentro do espectro?
Para ilustrar o que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e como funciona o cotidiano dessas pessoas, a fotógrafa santista Sibylla Ventura colocou o tema em pauta em um ensaio documental exclusivo na Baixada Santista.
O que é autismo?
Se você não sabe o que significa autismo, vamos a um breve resumo. O autismo é um problema psiquiátrico normalmente identificado na infância. Quem vive no espectro tende a ter a comunicação e capacidade de aprendizado e adaptação afetadas. Mas o grau varia de acordo com cada paciente.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o transtorno atinge uma em cada 60 crianças.
Santista realiza ensaio documental sobre autismo
Acostumada a retratar a pureza infantil em seus ensaios, a profissional de fotografia Sibylla Ventura decidiu colocar o autismo em pauta. Para isso, a família do Davi (8 anos) foi selecionada para representar a causa e realizar um ensaio fotográfico documental, ou seja, um registro do cotidiano da família sem qualquer interferência.
O trabalho foi desenvolvido em dois dias. Davi se encaixa no estágio moderado do TEA.
“Quando ele tinha dois anos, nós começamos a perceber diferenças entre ele e a Victória, nossa primeira filha. Em resumo, ele ainda não falava e nem respondia aos nossos chamados. Tentamos de tudo: teste de audição, matricular na escola para ele ter contato com outras crianças… Após seis meses, fomos encaminhados à neurologista, que constatou o TEA” explica a mãe, Gláucia Santos.
A sociedade está preparada para receber autistas adultos?
A rotina de terapia começou em 2012, com a Análise do Comportamento Aplicada. O objetivo da atividade era ensinar Davi a associar imagens com palavras e, deste modo, facilitar a comunicação. Após a verbalização, em 2014 a segunda (e atual) etapa do tratamento teve início para a inclusão social e desenvolvimento de habilidades.
“O ensaio do Davi foi desafiador e diferente do que eu estudei e imaginava sobre o TEA. Nós temos muito o que aprender com eles. Espero que o ensaio documental seja capaz de mostrar para outras pessoas que autistas podem levar uma vida normal (dentro de suas limitações) e como a fotografia pode ser inclusiva”, comenta Sibylla.
Ficou curioso para conferir todas as fotos? Então dá uma olhada no Instagram da Sibylla!