Santistas criam livros infantis com realidade aumentada

Quem tem criança em casa sabe que eles mexem em celulares, tablets e computadores igual gente grade ou até melhor. A pilha de brinquedos espalhados se transformou em aplicativos enfileirados nas telinhas e os livros parece que ficaram esquecidos na prateleira…

Segundo a pesquisa mais recente do Instituto Pró-Livro, de 2014, o brasileiro lê apenas 2 livros inteiros por ano.

Dois jovens aqui de Santos decidiram mudar isso.

projeto aprender

Paula Caroline e Sidney Ferreira são futuros programadores de games (estudam na Unimonte) e, como todo casal, gostam de passar um tempo em família. “Nós percebemos que o afilhado do Sidney, de 2 aninhos, mexe no celular muito bem. Apesar de mal saber ler, escrever e falar direito, o garoto já faz pesquisas e não larga o eletrônico”, comenta Paula.

Os dois decidiram, então, usar seus conhecimentos para estimular o pequeno a ler e assim surgiu o projeto Aprender: Incentivo à Leitura no Processo de Alfabetização, que trabalha com realidade aumentada em livros infantis, transformando o ato de ler em algo mais próximo das crianças ao utilizar smartphones.

“O pai do Sidney viu um trabalho que fizemos com realidade aumentada, comentou sobre isso e assim surgiu a ideia. Foram 3 meses, entre pesquisas, autorizações para o uso das histórias e a criação”, explica.

O resultado foi tão bom que, além do pequeno Pedro, outras crianças testaram e aprovaram a ideia. “Vários alunos da rede municipal de ensino conheceram e todos eles ficaram encantados. Alguns até disseram que, se os livros fossem assim, eles iriam ler bem mais”.

Projeto Neorama

projeto aprenderImagem: Acervo pessoal

O reconhecimento ultrapassou o público infantil e chegou ao Projeto Neorama. A iniciativa da Prefeitura de Santos, que visa incentivar o empreendedorismo, procurava um projeto inovador. Quer algo melhor que isso?

“Nós concorremos com vários projetos interessantíssimos, foi uma grande surpresa”, explicam, após conquistar o primeiro lugar do concurso, que rolou na Semana Municipal de Ciência e Tecnologia.

Para o futuro, o casal espera conseguir uma parceria com alguma editora. “Queremos dar continuidade e, quem sabe, transformar o modelo tradicional de leitura”, finalizam.

Para entender melhor a ideia, dá uma olhada no vídeo que eles prepararam:

Legal né?