Texto porFlávia Saad
Santos (SP)

Mônica Almeida: moda fitness nascida em Santos

A história é parecida com a de muitos estilistas. Quando criança, Mônica Almeida encanou com as roupas das bonecas. Eram meio sem graça, a menina achava que elas estavam sempre mal-vestidas. Para resolver o problema, começou a brincar de fazer roupas para elas na confecção dos pais. Mas, aos 12 anos, algo mudou: Mônica fez seu primeiro biquíni.

“Não tinha nenhum biquini em nenhuma loja que eu gostasse, resolvi fazer o meu. Foi o maior sucesso, mas eu era muito nova, parou nisso. Fui crescendo e, lógico, abandonei as bonecas, passei à pintar telas à oleo, voltei a desenhar em paredes (do meu quarto), fiz algumas esculturas em pedra-sabão e era o que mais gostava. Aos 16 anos comecei a frequentar academia de ginástica, e foi ai que tudo começou”, lembra.

monica maradei
Mônica Maradei é uma das referências em moda fitness em Santos. E isso não é pouca coisa, levando em conta a vocação esportiva da cidade. A Panunovu e a RM, suas marcas, uniram suas duas paixões: o esporte e a moda.

Para a estilista, essa vibe “geração saúde” da região favorece – e muito – seu trabalho. Nesses 27 anos de carreira, Mônica ultrapassou as fronteiras geográficas da ilha e suas peças foram parar em outros países da América do Sul e na Europa.

Hoje, o foco do trabalho é nas corridas de rua. Mônica veste MUITOS pelotões, principalmente na prova mais tradicional da cidade, os 10 km Tri FM Unilus. “Tenho clientes fixos que me procuram nessa época, e já sabem que tem espaço reservado na produção. São grupos que vão de 50 à 500 integrantes. Todos procuram diferencial de criação e qualidade. Em 2010 por exemplo, vesti muitos mas ainda ficaram 13 grupos de fora que não consegui atenter por me procurarem muito em cima da hora e estavamos com produção lotada”.

Mônica adora inovar em suas criações. “Meu diferencial está na criatividade, na modelagem e nos tecidos high tech. Sempre busco novas efeitos com costuras, recortes arrojados, mistura de texturas e cores”. Quando atende equipes, ela precisa seguir as necessidades do grupo. “Cada um tem seu perfil e tenho de agradar com as cores, com os padrões de tamanho e até mesmo a estampa das peças interferem no estilo de criação. Até mesmo dormindo eu sonho com os modelos”.