Sexualidade da mulher com deficiência em pauta em Amor Fati
Em 2018. o Juicy Santos lançou uma coluna sobre sexo.
Com uma mulher, falando sobre sexo, para outras mulheres. Ainda assim, o público, majoritariamente feminino, não foi muito positivo quanto ao conteúdo. Falar sobre a sexualidade feminina ainda representa um grande tabu. Imagina, então, se a mulher em questão tiver alguma deficiência? A verdade é que a sexualidade da mulher com deficiência nem chega a ser tabu, pois para a grande maioria das pessoas, ela nem existe.
Por isso, nós amamos a campanha Amor Fati, realizada pela plataforma Meu Corpo é Real.
Falar sobre a sexualidade da mulher com deficiência, SIM!
A campanha saiu na última terça-feira, 3 de dezembro, data em que se comemora o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Em resumo, essa é uma iniciativa da Michele Simões – de quem o Juicy é fã desde sempre – que reúne as experiências de seis mulheres com deficiência.
Um mini documentário e um ensaio fotográfico reúnem relatos sobre a sexualidade da mulher com deficiência.
Em latim, Amor Fati significa Amor ao Destino. E o nome resume bem a ideia do projeto: quebrar o estigma acerca da vivência da sexualidade pelas pessoas com deficiência.
“Somos assexuadas para o mercado”, relata Bárbara Barros, uma das participantes da campanha.
Ao assistir o documentário, somos apresentados a um conceito de preliminares bem diferente do que cultuado pelo senso comum. Além disso, fica o convite para pensar a sexualidade de outra maneira (e as pessoas também).
Ensaio fotográfico
Para completar o trabalho, as participantes fizeram também um ensaio fotográfico.
Para Michele, idealizadora da campanha, a moda pode ser usada como uma ferramenta de comunicação e quebra de estereótipos.
“Optar pelo uso da lingerie nesse projeto foi o caminho para tornar visível o fato de que a mulher com deficiência também é sensual, atraente e possui um corpo que sente desejo e também se relaciona. Quisemos muito transmitir no ensaio as especificidades e os questionamentos do ponto de vista de algumas mulheres com deficiência. Combater a infantilização dessas pessoas e mostrar que também existe interseccionalidade na deficiência”, explica.
O trabalho ficou lindo e está disponível no site e também nas redes sociais.