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Turismo cultural nas igrejas de Santos

A voz aveludada e o olhar dócil, que só as avós são capazes de ter, narram histórias dos séculos passados.

O passeio turístico, que acontece bem no nosso quintal, foge de tudo o que estamos acostumados: é a voz da experiência que nos conta – de forma detalhada – histórias que aconteceram pelas ruas de paralelepípedo de Santos.

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“São 263 anos desde a construção. Muita gente conhece como Igreja da Paixão, por que, se você observar, os azulejos fazem referência ao calvário e todos os quadrinhos também. Mas o nome é Capela da Venerável Ordem Terceira do Carmo”, explica dona Marta, logo após um “bom dia” e um sorriso simpático.

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Não é à toa que o número de pessoas interessadas em fazer turismo cultural nas igrejas santistas aumentou.

As visitas, monitoradas pelos integrantes do Programa Vovô Sabe-tudo, valorizam o conhecimento dos mais velhos e dão aquela vontade de pegar um xícara de chá, puxar uma cadeira e passar a tarde ouvindo mais e mais.

“Antigamente, os padres rezavam as missas lá de cima, sabia? Tinha altar, mas não era usado. Os fiéis ficavam em pé a missa toda, com o pescoço duro de tanto olhar pra lá”, explica, bem-humorada.

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O passeio segue do começo ao fim como um bate-papo descontraído, mas cheio de informações.

“A igreja foi construída pelos leigos, a outra era dos fidalgos, que não podiam entrar. Aí eles tinham dinheiro e construíram uma bem ao lado”.

É possível conhecer a Dona Marta e se aventurar no turismo religioso partindo da Capela da Venerável Ordem Terceira do Carmo às segundas, quartas, quintas e sextas, das 9 ao meio-dia e das 14 às 17 horas, e aos sábados, das 8 ao meio-dia.

Mas outras vovós estão na Catedral, terças, quintas e sextas das 13 às 17 horas; na Basílica de Santo Antônio do Embaré, segundas, quartas, quintas e sextas, das 9 ao meio-dia e das 13 às 16 horas, além de sábados, das 8 horas ao meio-dia e no Santuário de Santo Antônio do Valongo das 8h45 às 12h45 às quartas, quintas, sextas e sábados.

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“O confessionário também é do século XIX, todo mundo fica encantado, porque hoje em dia são só duas cadeiras, né? Se você precisar se confessar e ficar com vergonha, já sabe”, brinca.