Grafite na galeria: ressignificando as artes visuais em Santos

Acredito que precisamos cada vez mais ressignificar os espaços das artes visuais da cidade, começando pelas suas galerias de arte.

Ainda é preciso desmistificar que são espaço ricos ou bem vestidos, que seria um ultraje entrar em uma de chinelo – isso é uma mentira das grandes.

Para isso começar acontecer, é preciso levar para essas galerias, de uma forma criativa, a arte urbana e ainda mesclar essas duas linguagens. Nessa nova maluquice digital não dá apenas para pregar obras na parede e esperar que o público entre na galeria, ainda mais com os concorrentes diretos.

Uma iniciativa que achei legal e que funcionou bem foi o que a Secult Santos ofereceu no dia 27 de março, Dia do Grafite, convidando artistas de renome para customizar ao vivo geladeiras, máquinas de lavar, fogão e outros tipos de móveis, doados pela Prefeitura para integrar a exposição Onze mais Onze.

Com isso, acredito que a interação entre grafite e galeria se estabelece bem e de forma apropriada, oferecendo maior interação aos visitantes.

Os artistas que estiveram nessa empreitada foram Colante, Leandro Shesko, Thiago Gomez, Érico Bomfim, Junior Kisuco, Lucas Cavalcante e Andressa Cirus.

O Dia do Grafite é celebrado em 27 de março em homenagem ao artista Alex Vallauri, que introduziu o estilo no Brasil.

Quem quiser conferir o resultado do encontro, pode comparecer até o dia 12 de abril, das 10h às 20h, no Centro de Cultura Patricia Galvão (Av. Pinheiro Machado, 48, Vila Mathias), com entrada franca – informações da Prefeitura Municipal de Santos.

Fotos: Estúdio Bonfim84/Érico Bonfim