Roda Livre: Despatologização das Identidades Trans
Na década de 80, as identidades trans e travestis foram patologizadas.
Isso significa que pessoas trans (binárias e não-binárias) e travestis, tem sua conduta, seus gostos e sua vestimenta avaliada por uma equipe multidisciplinar – geralmente composta por pessoas cisgênero – para finalmente receber o diagnóstico de disforia de gênero ou transexualismo. e a partir desse momento (do ponto de vista científico) poderem afirmar-se transexuais.
Outubro foi o mês de luta pela despatologização das identidades trans.
Imagem: Reprodução
Pensando nisso, o Coletivo Contra Maré convida a população caiçara para participar da exibição da série Despatologização das Transexualidades e Travestilidades pelo olhar da Psicologia PT I e II – no sábado (12), das 14 às 16 horas, na Cadeia Velha.
Com 33 minutos de duração, o vídeo produzido pelo Conselho Federal de Psicologia, fala sobre os problemas vividos pelas pessoas trans e travestis e a patologização de suas identidades. Para isso, a produção conta com a participação de professores universitários, psicólogos e pessoas que vivem essa realidade.
A exibição será seguida por uma roda de conversa com Thomaz Oliveira e Diogo Almeida, homens trans que fazem parte do Coletivo Contra a Maré.
O objetivo é debater o tema de modo que os convidados possam conscientizar e sensibilizar a população a participar ativamente na luta pela despatologização das identidades Trans e Travestis.
A Cadeia Velha fica na Praça dos Andradas, sem número – Centro Histórico. A entrada é franca.
Sobre a campanha Despatologização das Identidades Trans
Em novembro de 2014, o CFP iniciou campanha de comunicação em apoio à luta pela despatologização das Identidades Trans e Travestis.
A ação convidou profissionais da psicologia, pesquisadores e pesquisadoras, ativistas, pessoas transexuais e travestis a debater o fazer psicológico no processo de transexualização, à luz dos Direitos Humanos, além do panorama dos debates políticos em torno da luta no Brasil e no mundo.