Texto porFlávia Saad
Santos (SP)

5 cuidados para ter com seu pet no verão

O verão em Santos chegou chegando. E se nós, humanos, já sofremos com o calor, imagine os pets… Além dos pelos, eles têm a temperatura corporal naturalmente mais alta.

Por isso, os bichinhos merecem cuidados especiais nesta estação mais quente do ano.

Até o mês de março, vale a pena reforçar os cuidados com os pets no verão. A Coordenadoria da Defesa da Vida Animal (Codevida) de Santos traz algumas dicas para melhorar o bem-estar dos animais.

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Veja os 5 cuidados para seu pet no verão

1. Água em abundância

Em casa, tenha sempre água à disposição para que fiquem hidratados. Algumas pedrinhas de gelo nas vasilhas ajudam muito!

Se morar em casa, molhe o quintal algumas vezes ao dia para abaixar a temperatura.

Também ofereça frutas geladas, segundo explica a veterinária Karoline Castro, da Codevida.

“Eles podem comer frutas como banana, maçã, melancia e pera, por exemplo, desde que sem as folhas, talos e caroços. Uma outra ideia legal é o picolé, basta misturar ração úmida à água e colocar no congelador por algumas horas”.

2. Evite passeios em dias quentes

Se estiver muito calor, faça o passeio pela manhã, antes das 8 horas. Ou deixe para o fim da tarde, a partir das 18 horas. Leve uma garrafinha de água e vasilha.

Prefira locais frescos e com sombra, para não haver risco de queimadura nas patinhas do pet no verão.

Um sinal de que o chão está quente demais para os animais é quando eles levantam as patinhas rapidamente enquanto caminham, demonstrando que não conseguem manter contato com o solo por muito tempo.

“Checar a temperatura do chão antes de colocar o pet, é essencial. Seja calçada, asfalto ou areia, o tutor deve colocar as mãos ou pés e, se não aguentar ficar muito tempo em contato em razão da quentura, significa que os pets também não conseguirão”, diz Karoline.

Evite sapatos nos pets, hein?

3. Na praia

Em Santos, os pets podem frequentar a faixa de areia e também a calçada na orla.

A circulação de cães na faixa de areia é permitida, exclusivamente, entre o Posto 1 de Salvamento e o Parque Municipal Roberto Mário Santini, no José Menino.

O passeio pode ser feito diariamente, das 6h às 9h e das 16h às 19h. Nas demais áreas, a circulação de animais continua proibida.

4. Raças calorentas

Existem algumas raças que apresentam fatores de risco para as altas temperaturas.

Entre as chamadas raças braquicefálicas de cães, estão o buldogue francês, pug, shihtzu, lhasa apso e outros. Já entre os gatos estão o persa, exótico, himalaio, birmanês, entre outros. Eles têm focinhos mais achatados do que as demais raças, têm mais chances de apresentar hipertermia (aumento extremo da temperatura corporal).

Além do desconforto, esse problema pode até levar à morte.

Os cães e gatos regulam a temperatura do corpo por meio das patas, da língua e da respiração. E, para esse grupo, esse último processo é naturalmente mais difícil.

Os pets cardíacos também sofrem mais no calor, mesmo tomando a medicação corretamente. As altas temperaturas descompensam o funcionamento do coração, que começa a falhar e pode ocasionar a formação de um edema pulmonar. A condição é considerada de emergência e os sintomas são fadiga, arritmia, dor no peito, entre outros.

5. Tosa: fazer ou não fazer?

De acordo com a veterninária da Codevida, tudo bem realizar a tosa higiênica no seu pet no verão. No entanto, tosar o animal drasticamente não ajuda a refrescá-lo, como muitos acreditam.

“O pelo aquece, sim, o corpo, mas em contrapartida serve como isolante térmico diante dos raios solares. É como as pessoas que caminham no deserto e protegem a pele do sol com algumas camadas de tecido”, explica Karoline.

Ela ainda afirma que a tosa da barriga também está liberada, pois facilita a troca de calor do corpo do pet com o piso frio quando os animais deitam com a barriga no chão.