Texto porJuicy Santos
Santos

O Deserto do Atacama

Tem certos lugares do mundo que fica impossível transmitir em palavras, sua beleza. O Deserto do Atacama, no Chile, é, com certeza absoluta, um deles.

Posso me considerar privilegiada pois já percorri muitos países e muitas cidades dentro e fora do Brasil. Muitas bonitas, outras interessantes, mas apenas poucas exóticas e lindíssimas como San Pedro de Atacama.

Sem negar meu lado capitalista e consumidor (New York, I still Love you!), resisti bastante em topar uma viagem pro deserto. Eu? Euzinha? No meio ambiente mais árido do mundo? Já me imaginava dormindo em barraca, muitos bichos, sem água! Aquela visão de desenho animado, sabe? Quanta bobagem!

Chegar ao Deserto do Atacama pode não ser tão fácil. É preciso pegar um vôo até Santiago (por volta de 3 horas de distância) e de lá, um outro vôo pra Calama (por volta de 2 horas), onde fica o aeroporto mais próximo. Mas não é só isso! De Calama você pega um transfer até San Pedro de Atacama de mais 1 hora.

Já no caminho, ou melhor, no aeroporto, você vai ver que essa viagem de 6 horas valeu a pena.

(Pra não cansar tanto, você pode passar uns dias em Santiago, que também recomendo muito!)

Pra nós Santistas que moramos numa cidade onde a água e, principalmente, a humidade é abundante (até demais as vezes!), o choque pro nosso organismo é inevitável: dor de cabeça (por isso é preciso beber muita, muita água), nariz sangrando, canseira (todos os passeios são a altitudes altíssimas), pele e cabelo muito secos são alguns dos sintomas.

Mas não se assuste! Quando você se deparar com paisagens como estas abaixo, vai ver que qualquer esforço vale a pena pra assistir esse espetáculo da natureza:

VALLE DE LA LUNA

VALLE DE LA MUERTE

SALAR DO ATACAMA

GEYSER DEL TATIO

LAGUNA MISCANTI Y MIÑIQUES

REGIÃO DOS CACTUS

Poderia escrever uma série de posts sobre o Deserto do Atacama, mas além de não conseguir expressar tudo que senti enquanto estive lá, já existem muitos bons posts na internet (veja aqui).

Por isso, deixo minhas indicações e minhas dicas:

– O centrinho, diferente do que achei e tinham me dito, tem casas de câmbio pra trocar dinheiro. Além disso, todas as lojas e restaurantes aceitam cartão de crédito.

– Wi-fi: esse nosso grande amigo de todas as horas está disponível, numa ótima qualidade, na praça central da cidade! Passe um tempo da sua tarde atualizando suas redes sociais postando aquelas fotos de fazer inveja a qualquer um!

– Restaurantes: os melhores restaurantes são Adobe e La Estaka. Os preços saem bem parecidos com os nossos jantares em Santos e SP, mas a comida é boa. Pra economizar aproveite o combinado de entrada, prato principal e sobremesa por um preço fechado.

– Renda-se aos tours guiados! Eu nunca topo viagem com guia de turismo estilo CVC, mas pra apreciar com tranquilidade o deserto, nada melhor do que o conforto de um ônibus e um bom café da manhã pros dias que você saiu as 4h30 e está 9 graus negativos. Minha indicação é a Grado 10: caminhão charmoso feito especialmente pro deserto e guias jovens!

– E por último: olhe o céu todos os dias. O céu do deserto faz você querer chorar de tão lindo. É possível ver as constelações a olho nu, ver estrelas caindo, realmente não se consegue explicar em palavras.