Texto porJuicy Santos
Santos

Ei, você aí! Eu estou aqui! Eu estou aqui!

Este trocadilho te lembra de alguma marchinha? Claro que sim.

Em minhas anotações, achei que poderia fazer um trocadilho para chamar atenção de um tema muito discutido, discutido, discutido, mas ainda não entendido e executado no mercado varejista: o relacionamento.

consumidor x marcar[

Fala-se tanto em relacionamento com o consumidor, data mining, big data, inteligência virtual e nada ainda mudou.

As agências perdendo suas vendas de produtos junto aos seus clientes, não sabem mais como convencer a compra de mídia impressa e eletrônica. A mídia oferecendo pacotes que envolvem eventos, promoções para vender seus preciosos espaços publicitários, os clientes perdendo suas verbas e os lojistas perdendo seus clientes.

Tenho escutado muito a respeito dos novos métodos e possibilidade de relacionamento rápido e direto com os clientes. O Facebook, o Twitter, Youtube, Instagram, Issu, entre tantas outras ferramentas dentro do universo digital e social que estão à disposição nos oferecendo uma infinita possibilidade e ainda temos dúvidas.

Mídias gratuitas são eficazes ao ponto de vista de muitos. Geradores de “recall” rápido, principalmente quando o assunto é engraçado ou trágico. Mas como podemos através destas mídias gerarmos mais vendas, tirar o cliente de sua casa e tomarmos um café em nosso negócio?

Pessoas mobilizando multidões para atingir propósitos como o que recentemente chamou a atenção do mundo, que foram os protestos.

O mundo virtual ou o relacionamento virtual é uma febre e temos que prestar atenção a isto. Você anda pelas ruas, shoppings, restaurantes, ônibus (rodoviários, urbanos, metrôs, trens e nas calçadas) você vê as pessoas digitando seus smartphones, lap tops, tabletes. Almoçam com o celular na mão e digitando em redes sociais o tempo todo.

Recentemente passei por uma experiência muito interessante e vi o quanto às pessoas estão conectadas não importando as circunstâncias. Nossa que bacana! Isto mostra que a interatividade está 100 % a nossa disposição. E mesmo assim você nem me vê. Ou podemos afirmar que você não olha pra mim, mas é porque eu não faço parte de seu facebook.

Acho o máximo quando há comemorações de empresas quando sua fan page atinge milhões de pessoas. Um exemplo foi a do guaraná antártica, que confeccionou milhões de latinhas azuis para homenagear a quantidade de curtidas em sua página. E aí, o que mais ela fez por mim que curti sua página? Nada, também não comprei a latinha azul.

O mesmo acontece com os cartões de fidelidades, concursos culturais, sorteios em shoppings e em lojas. Enfrentamos filas, preenchemos um longo cadastro. Porque perguntam tudo, e no final nada acontece? Não recebemos no final da promoção sequer uma satisfação, nos apresentando o sorteado e nenhum e-mail nos comunicando que não foi desta vez, mas que a nossa participação nos próximos será de fundamental importância para a empresa. Não desista do nosso relacionamento, você nos é importante e amanhã poderá ser sua vez.

Você curte fan pages? Ao curtir você é lembrado a todo instante? Não há uma forma de chamar-me a atenção? Imagine então, quando curtimos mais de 100 fan pages. Tudo volta a estaca zero. Não sabemos nunca de nada, a não ser que tenhamos curiosidade em visita-la novamente. Nada acontece de novo.

Investimentos absurdos em tecnologias, pensamentos criativos e nada reverte em relacionamento efetivo. Cuidar de pessoas requer muito trabalho, amar pessoas requer entendê-las em todos os sentidos. Há, dá muito trabalho.

Olha, faço aniversário em agosto, tenho cadastro em muitos shoppings e marcas, cartões de fidelidade também(este onde a fidelidade é apenas do seu lado, eles não são fiéis a você). Será que se lembrarão da data? E de vocês?

Saudades de uma época que as pessoas falavam bom dia ao cruzar-se em uma calçada. Em que olhar nos olhos e sorrir éramos ser educados. Hoje? Ninguém se vê. Pensem nisto!

By: Simone Ponce