Santos foi uma cidade tão de vanguarda que teve uma lei pelo voto das mulheres antes do resto do Brasil
Em 1791, a francesa Marie Gouze (sob o pseudônimo de Olympe de Gouges) falou sobre o voto feminino pela primeira vez.
Marie de Gouze
A conquista do voto feminino foi difícil no mundo todo No Brasil, a pauta só chegou em julho de 1831, graças ao santista José Bonifácio (esse aí da foto!) e ao baiano Manuel Alves Branco.
Em 1831, apresentaram um projeto que propunha mudanças nas eleições e incluir mulheres que comandassem famílias: viúvas ou separadas (chefes de seus lares).
Hoje, a proposta é evidentemene machista, pois não permitia que mulheres casadas votassem para "não desagradar seus maridos". Mas, para a época, era inovadora.
O assunto foi abordado em várias partes do Brasil, sem sucesso. Em 1894, Santos teve sua carta magna promulgada (leis da cidade). E, entre elas, estava o direito ao voto feminino.
De acordo com o texto, poderiam votar as mulheres que: - fossem alfabetizadas - morassem na cidade há mais de um ano – exercessem uma profissão honesta.
Foi apenas em 1932, no governo de Getúlio Vargas, que elas passaram a ser vistas como cidadãs e ter direito às urnas no Brasil inteiro.
Na cidade com o maior número de mulheres no Brasil (proporcionalmente), apenas 3 das 21 cadeiras da Câmara Municipal (em 2020) têm mulheres: Débora Camilo (foto), Audrey Kleys e Telma de Souza.