Texto porLudmilla Rossi
Santos
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Como é morar em Santos: a história da Aline

A Aline tem uma história improvável: conheceu o marido no carnaval da Bahia. Ela é naturalmente de São Caetano, no ABC Paulista. O marido é santista, daqueles que não larga a cidade. E Aline, além de se apaixonar pelo marido, acabou se apaixonando pelo conjunto da obra: o amor por um santista, construído em Santos.

Nessa série iremos conversar com pessoas do Brasil inteiro que viraram santistas de coração.

Se você está pensando em morar em Santos, não deixe de ler esse relato. Ao final desse post também contamos o que você precisa saber se for morar em Santos.

Juicy Santos – Qual a maior vantagem de morar em Santos?
Aline BrenteganiÉ o contato com o ar livre. É poder incluir em qualquer passeio a vista pro mar. É sempre ter algo pra fazer com minhas filhas por que sempre temos a praia, os shoppings pequenos de bairro onde posso ir a pé! Aliás uma cidade plana é uma benção também! Poder abrir mão do carro, que sonho!

JS – Como foi o processo de mudança para Santos?
AB – Rodrigo como bom santista tinha um vasto perímetro de 1 quilômetro quadrado onde queria morar. Tinha que ser da “linha da máquina” pra praia. Do Canal 3 ao Canal 4, o mais perto da praia possível. Isso limitou a gente à praticamente algumas ruas. Mas brincadeiras à parte eu queria muito morar perto de onde ele já morava, porque era o que eu conhecia de Santos. Sabia onde era a padaria, o mercado, o salão, o ponto de ônibus, os restaurantes. Um fato engraçado é que quando conheci o Rodrigo e ele me falou que morava no Boqueirão em Santos, pensei: Meu Deus! Boqueirão! Imagina o que é o bairro que tem esse nome, hahaha. E nós acabamos morando por 7 anos no Boqueirão. Agora estou APAIXONADA pelo Gonzaga!

Aline Brentegani conta como é morar em SantosJS – Qual a maior mudança no estilo de vida?
AB – Eu levava 2 horas para ir e mais 2 horas para voltar do meu trabalho. Acordava às 5h da manhã e entrava num fretado do ABC até Santo Amaro, na capital paulistana. Perdia horas preciosas de sono, de ginástica, de qualquer coisa presa no trânsito. Fora as inúmeras vezes que perdi compromissos por enchentes, greves, acidentes. A mudança para uma cidade onde tudo é mais perto me deu de volta essas horas do meu dia a dia. Sem contar a praia. Não consigo mais viver sem saber que ela está ali pertinho de mim. É realmente o quintal, o playground, a piscina descoberta, da nossa casa!

JS – O que mais te encanta na cidade?
AB – A cidade por si só me encanta demais. A beleza do centro, dos canais, da praia, do meu bairro. Acho Santos pura poesia. Não canso de agradecer ter vindo parar aqui e peço nas minhas orações que eu possa me manter aqui por muitos anos. Sou grata à esta cidade que e ao contrário do que dizem, ela me acolheu imensamente bem. Que tem diversas opções de restaurantes e uma vida cultural diversa. Me encanta uma cidade com um dialeto próprio, com gente tão orgulhosa do lugar onde nasceu.

Aline e família na praia de SantosJS – O que mais te decepciona em Santos?
AB – Como em todo Brasil me decepciona o descaso das políticas públicas e as melhorias em infraestrutura que a cidade merece. Os acessos também precisam ser melhorados. Entrar e sair de Santos tem sido complexo. Sempre ficamos à mercê das rotinas de temporada nas estradas, por exemplo. O trânsito do sobe e desce sobra pra gente. Os hospitais e a saúde tambem são decepcionantes.

JS – Qual foi a maior descoberta que você fez morando aqui?
AB – Descobri que não preciso viver na loucura de São Paulo para realizar meus objetivos profissionais. Que é possível conciliar família, trabalho e qualidade de vida. Que posso andar à pé ao invés de ir de carro. Que posso ter lazer de graça no quintal de casa. Mas a maior dela, foi meu santista mesmo.

Aline finaliza: “Sou apaixonada por Santos e minha grande vantagem é não ter nascido aqui. As belezas que a cidade e as pessoas daqui tem, pra mim, não caíram ainda na banalidade. Mesmo depois de 7 anos vivendo aqui, 2 filhas paridas na cidade (fiz questão disso mesmo com a melhor maternidade que pudesse ter acesso em SP, queria ter Santos no RG delas), ainda vejo cenários tão lindos que chegam a me emocionar. Santos é uma poesia mesmo. Não canso de dizer que meu escritório é na praia e eu to sempre na área”.