10 museus diferentões pra visitar pelo mundo
Eu amo visitar museus. Toda viagem, pra mim, precisa ter pelo menos um na programação de passeios.
O que me atrai pra esses locais é, quase sempre, a possibilidade de encontrar peças únicas de valor histórico e artístico em exposição. Como uma eterna curiosa, também gosto de ir atrás dos museus diferentes nas cidades em que vou.
Na Alemanha, por exemplo, visitei o Museu da Mercedez Benz, em Stuttgart, no ano de 2010. Confesso que fui na cola do meu marido, sem acreditar que amaria o passeio – e aconteceu exatamente isso!
O museu falava da história dos carros, de como eles mudaram o mundo e da inovação que sempre existiu e ainda permeia esse mercado. Adorei como eles pegaram algo que faz parte do nosso dia a dia e transformaram em estrela nesse espaço cultural.
Outro museu que vai ficar pra sempre entre os meus favoritos se chama Mémorial de Caen, que conheci em 2014. Situado na Normandia (França), ele se revelou um dos mais impressionantes que já vi (e olha que, como falei, sou rata de museu!) por contar com riquíssimos detalhes a história da Segunda Guerra Mundial antes, durante e depois do conflito. Até um tanque de guerra de verdade tem lá dentro!
O mundo está cheio de coleções curiosíssimas de peças até mundanas que se transformam em verdadeiras joias quando reunidas no mesmo local e fazem a felicidade do público que adora aquele nicho. E não deixa de ser um programa fora de circuito em uma cidade que, de repente, você já conhece de cabo a rabo.
Por isso, resolvemos listar 10 museus diferentões pra visitar pelo mundo.
Quem sabe você não inclui algum deles na sua próxima viagem?
1. Spritmuseum (Estocolmo, Suécia)
Um museu da birita? Sim, você não leu errado.
Esse local reúne tudo sobre o consumo de álcool ao longo da história da humanidade, passando pelo consumo e distribuição, harmonização e até mesmo músicas compostas em situações de bebedeira!
Lá, tem uma “sala da ressaca”, em que os visitantes são convidados a experimentar o outro lado do “dia seguinte” em um filme em primeira pessoa.
Outra coisa bacana: o Spritmuseum abriga a Absolut Art Collection, com 850 garrafas da marca sueca personalizadas por grandes nomes da arte contemporânea. Diz a lenda que o primeiro artista a fazer isso foi Andy Warhol, pai da pop art, em 1986.
2. Spielkartenmuseum (Altenburg, Alemanha)
O Spielkartenmuseum fica em Altenburg, em um castelo, pra ser mais exata. Na cidade, nasceu a primeira fábrica de baralhos do mundo, no século XVIII. Esse é o museu do baralho.
O local abriga dos mais tradicionais baralhos aos mais especiais, vindos de dezenas de países. Além disso, há um espaço para os visitantes fazerem seu próprio baralho utilizando as técnicas antigas e artesanais de prensa.
3. Museu da Escravidão (Curaçao)
O nome pode parecer forte, mas o objetivo é mostrar as consequências da escravidão e evitar que ela se perpetue e aconteça novamente.
O Kura Hulanda (nome oficial do museu) mostra a história da realocação forçada da população africana nas Américas e no Caribe entre os séculos XVII e XIX.
A casa onde fica o museu está bem no porto de Willemstad, onde holandeses faziam o comércio de negros africanos e outras transações comerciais. Um soco no estômago e um choque de realidade – para que isso nunca se repita.
No jardim, as estátuas africanas são impressionantes.
4. Museu Miho (Japão)
I.M. Pei está no museu mais famoso do mundo, o Louvre. É dele a pirâmide que fica em frente ao colossal palácio da arte em Paris.
Ele também projetou o maravilhoso Miho Museum, localizado debaixo da terra (!) no meio de uma floresta próxima à cidade de Kyoto. A construção abriga uma coleção de antiguidades ocidentais e asiáticas, além de pinturas romanas de Pompeia e estátuas de Buda do século II de Gandhara.
Algo muito curioso é a origem desse museu. Ele nasceu do sonho de Mihoko Koyama, herdeira de uma empresa de tecidos japonesa que fundou uma religião baseada na cura espiritual por meio da arte. No Miho, a apresentação das obras tenta contar a história social da humanidade de modo a extrair a espiritualidade de cada uma delas.
5. Museo della Frutta (Turim, Itália)
O Museo della Frutta se dedica a uma coleção de frutas falsas colecionadas por Francesco Garnier Valletti.
Parece estranho? Pois saiba que ele era especialista em modelagem pomológica, uma arte que prosperou na Itália do século XVIII, ou seja, fazer frutas falsas. Pêras, maçãs, amoras, ameixas e uvas feitas de cêra misturada com cinzas (uma técnica inovadora para a época!) fazem parte desse museu que beira o bizarro.
Não, você não pode comer nenhuma fruta da mostra.
Mas falando sério, os exemplares do Museu da Fruta servem como material de estudo para entender a história da evolução da agricultura e as influências do homem na biodiversidade.
6. Kattenkabinet (Amsterdam, Holanda)
Parada obrigatória para todo cat lover desse mundão: um museu dedicado aos gatos, aberto em 1990 por um ricaço holandês que amava esses bichanos.
Sua especialidade são pinturas e outras obras de arte com os felinos como personagens centrais.
Em tempo: a arquitetura do imóvel do século XVII em que fica o museu dos gatos em Amsterdam é um espetáculo à parte.
7. Museum of Broken Relationships (Zagreb, Croácia e Los Angeles, EUA)
Há duas unidades do museu dos relacionamentos terminados – a original na Europa e outra, nos EUA. Trata-se de um projeto global e colaborativo que funciona nas esferas física e virtual com o único propósito de registrar e compartilhar os sentimentos dos corações partidos.
Romântico e incrível, não?
As pessoas, os objetos, as histórias – tudo está guardado no perímetro dessa coleção sempre crescente de momentos pessoais – ainda que anônimos – de quem amou e perdeu.
8. World Erotic Art Museum (Miami Beach, EUA)
A colecionadora de arte Naomi Wilzig cresceu em uma família judia super conservadora e se casou com um banqueiro que pouco ligava para arte. Essas foram apenas algumas das suas motivações para construir, em Miami, uma das capitais da arte contemporânea no mundo, o World Erotic Art Museum, com mais de 4.000 obras de arte que remetem ao prazer do amor e do sexo.
Nomes clássicos, como Rembrandt e Picasso dividem espaço com ícones da arte contemporânea como Robert Mapplethorpe, sempre com uma visão positiva da história da sexualidade, da diversidade e do papel do sexo na nossa sociedade.
Em tempo: NY também tem um Museu do Sexo bem famoso, que fica em plena Quinta Avenida!
9. Museu Subacuático (Cancún, México)
As águas cristalinas de Cancún ganharam, em 2009, o Museo Subacuático de Arte (MUSA).
Em seu interior, mais de 500 esculturas em tamanho real estão afixadas à areia.
O legal é que o MUSA também serve como um recife, promovendo o crescimento de corais e da vida marinha do local, o que resulta em um lindo visual para os mergulhadores apreciadores da arte e da natureza.
Mas e se eu não quiser mergulhar? Tem como visitar também, pegando um barco envidraçado feito especialmente pra essa finalidade.
10. Museum of Childhood (Londres, Inglaterra)
Quem gosta de museus deve ter conhecido ou pelo menos ouvido falar do V&A em Londres. Esse aqui é seu irmão mais novo, um dos setores do Victoria & Albert.
O Museum of Childhood, ou Museu da Infância, exibe objetos e obras relacionadas à infância, como brinquedos, fotografias e equipamentos infantis (carrinhos, berços, etc) e bastante interatividade.
E, claro, as crianças não podiam ficar de fora. Há atividades e passeios com monitores oferecidos gratuitamente no museu.
Turismo e viagens
Quer ler mais dicas de turismo no Brasil e no exterior?
A nossa seção Turismo e Viagens tem vários posts bacanas, como esse que conta como é um roteiro de street art em Paris e também uma comparação interessante entre San Andrés e Curaçao, dois lugares incríveis que nós amamos.
E boa viagem!