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“Um pesadelo”: santista conta sua experiência no X-Factor Brasil

Há algum tempo, a Band anunciou que iria produzir a versão brasileira do X-Factor.

Trata-se de um show de talentos que faz muito sucesso lá fora e, agora, chega por aqui.

Nós já entramos na torcida para que vozes santistas fossem selecionadas para participar do programa.

Afinal, queremos mais é que os artistas da região consigam destaque e mostrem seu potencial.

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Pois bem, no último fim de semana aconteceram as audições do programa. Ainda no domingo, vários participantes usaram as redes sociais para se queixar da desorganização das gravações.

Entre eles, um santista que viu seu sonho se transformar em pesadelo 🙁

Bruno X Factor

O Bruno Henrique tem 20 anos e diz que não se recorda de algum momento de sua vida em que não estivesse cantando. Ao saber do X-Factor Brasil, por meio de uma amiga, ele decidiu tentar a sorte.

Horas depois, recebeu um e-mail sobre a seleção.

“Eu achei que tinham avaliado o vídeo que mandei. Mas, ao que tudo indica, não foi isso que aconteceu. Eram mais de 10 mil pessoas na Arena Corinthians!”, lembra.

Para que tudo desse certo, o santista conta que passou a sexta-feira se preparando para o grande dia: assistiu vídeos para ver como era, escolheu as músicas que levaria, baixou e colocou no pendrive (como solicitado pela produção), estudou cada uma delas e contou os segundos para o dia seguinte.

Sai da rodoviária, com destino ao Jabaquara, às 4h30. Peguei dois metrôs e até fiz amizade no caminho. Quando cheguei no Itaquera, às 5h45, descobri que tinha gente acampando desde quinta-feira e que a minha senha era a 1151.

Já na fila, pegamos frio de 4°C. Mesmo com duas calças, duas meias, duas blusas e um casaco, gorro e uma manta, passei frio. Estava todo mundo tremendo na fila. Isso prejudicou muito a voz!”

Foram mais de 7 HORAS até que ele conseguisse entrar no estádio. Só que isso não significa que ele foi ouvido antes de voltar pra casa. Lá dentro, era necessário gravar um teaser e a abertura do programa.

Mais espera

Os jurados (Di Ferrero, Paulo Miklos, Aline Rosa e Rick Bonadio) chegaram e, depois de oito ensaios, a gravação da saída da limusine foi feita. Mais esperas. Agora era a vez da Fernanda Paes Leme gravar sua entrada, após cerca de 15 ensaios. E o tempo passando…

“Depois disso tudo, já estava um sol de rachar. Todo mundo suando e carregando as roupas da madrugada.

Quando chegou a minha vez de ser avaliado eu descobri que era um produtor para ouvir três pessoas. Depois de mais de sete horas esperando, no frio e no sol, teríamos que dividir a atenção do produtor com mais duas pessoas e não só isso, com poucos segundos para fazer a apresentação.

Eu tive que cantar 30 segundos do refrão de uma música que o produtor escolheu. Ele disse que meu grave estava comprometido, mas eu sei que não estava.

Eu fui embora arrasado, chateado. Mas eu dou graças a Deus por não ter passado no programa. Se eu tivesse passado, não continuaria, não acho justo o que foi feito com todas as pessoas que estavam ali. Eu nunca imaginei que seria tão manipulado, foi um dos piores momentos da minha vida. Um pesadelo, um horror. Eles não deram valor para o sonho das pessoas”.

Além disso tudo, o Bruno lembra que eram 10 mil pessoas para 6 banheiros químicos. E o pior: a produção do programa pediu para que as pessoas levassem seus familiares, mas eles não podiam entrar. Estavam somente no momento que o drone gravou a multidão que esperava o início das audições.

Tem mais gente reclamando, olha só:

Ficamos bem tristes com esses relatos 🙁

Quem quiser ver o Bruno cantar, tem alguns vídeos no Facebook dele.

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Jornalista,