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Laís Serrão: uma santista no time de voluntários da Paraolimpíada 2016

Quem não gostaria de ver uma história ser escrita?

Melhor ainda: participar da construção dos fatos e poder reunir lembranças que serão dividas com a família e amigos.

Parece legal para você? É isso que a santista Laís Serrão viverá – entre os dias 7 e 18 de setembro –, quando participará como voluntária nas Paraolimpíadas 2016.

A ansiedade está estampada em seus olhos e no sorriso que insiste em se abrir a cada vez que pronuncia o nome do evento.

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“Eu me emocionei muito durante a entrevista que aconteceu em São Paulo. Eles passaram um vídeo com os atletas e apareceu o Dirceu, que pratica o mesmo esporte que eu – a bocha adaptada. Quando ele comemorou, eu chorei. Em outro momento, pediram para escolhermos o atleta com quem mais nos identificarmos, eu disse o Daniel Dias, não por ele ser deficiente, mas por ser um campeão, ele é um exemplo”.

Para realizar o sonho de participar de um momento tão importante na vida dos atletas paraolímpicos de todo o mundo (e na sua própria!), a Laís precisará percorrer 503km – a distância que liga Santos até o Rio de Janeiro.

Ela vai bancar a viagem de pouco mais de 6 horas (de carro), assim como a hospedagem na Cidade Maravilhosa.

Apesar do lado negativo que, segundo ela, é o único ponto ruim, a jornalista está contando as horas para a chegada do evento.

Ela lembra que, depois da seletiva, ficava questionando a todo o momento se a carta-convite chegaria.

“Chegou no dia do meu aniversário. Eu não abri meu e-mail, só vi dois dias depois. Foi o melhor presente que eu poderia ganhar”, comemora.

Expectativa

Enquanto os grandes dias não chegam, a imaginação da voluntária se encarrega de viver os momentos. “Eu já posso me imaginar falando em inglês e espanhol e ajudando as pessoas, sabe?”.

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Essa vontade não é algo novo.

Laís conta que sempre quis ser voluntária e que ajudava instituições em períodos como o Natal. Mas confessa que nunca se envolveu, talvez por um motivo comum a outras pessoas: apesar da vontade de ajudar, ela não procurava os meios.

Dificuldades

Além do trajeto entre Santos e o Rio de Janeiro e o fator financeiro, outra coisa poderia ser vista como uma dificuldade: a cadeira de rodas que ela usa há 8 anos para se locomover. Mas, tal fato não tem essa conotação para a santista.

“A única coisa que me preocupa é que, desde que fiquei doente, passei  a fazer home office, então não tenho jornadas de trabalho extensas. Mas estou tão animada que vou me jogar e curtir cada segundo”.

Ela vê sua locomoção com otimismo e afirma que acredita que não terá problemas. Caso não consiga fazer alguma coisa, não vai se abater, mas sim encontrar outras maneiras de ajudar.

Além disso, a santista vê a sua participação na Paraolimpíada de uma forma positiva. “Talvez seja mais fácil para os atletas virem falar comigo do que com um andante, né?”.

Para acompanhar as histórias e aventuras da Laís, vai lá acessar o blog dela 🙂

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Jornalista,