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Eu Vejo Kate: um suspense imperdível de Cláudia Lemes

Setenta e duas horas.

Esse foi o tempo que levei para devorar Eu Vejo Kate – O Despertar de um Serial Killer, de Cláudia Lemes.

Com um ritmo incrivelmente certeiro, personagens absolutamente humanos e uma história envolvente, o livro fez sucesso nos blogs literários na época do lançamento e continua gerando buzz para a autora santista.

A escritora nasceu aqui na cidade e se mudou, ainda pequena, para os EUA. Também morou no Egito, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Agora, está de volta à cidade natal, com o marido e os 3 filhos, em busca de qualidade de vida e inspiração: é aqui que ela vai escrever seu próximo suspense (sim, temos spoilers exclusivos para os fãs!).

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Em conversa com o Juicy Santos, ela contou que o estilo true crime conta com muitos admiradores no exterior. Mas, aqui no Brasil, ainda estamos engatinhando no sentido de escrever e explorar, do ponto de vista da cultura popular, os assassinos seriais e seus crimes.

Uma das referências no assunto, Ilana Casoy, aliás, adorou Eu Vejo Kate. 

Realidade nua e crua

Filha de professora de Literatura, Cláudia trabalhava como tradutora, e intérprete e dando aulas de inglês. Escrever era um hobby que se transformou em carreira com o sucesso dessa obra, que nasceu como uma publicação independente e ganhou corpo graças aos leitores fiéis.

Sua primeira experiência, na realidade, foi com a trilogia Dissolution publicada somente online, que traz a saga da família Woodson.

Em seguida, após mais de 10 anos de pesquisas sobre serial killers e passando por um momento de perda na vida pessoal, escreveu Kate em 7 dias.

“Estava cansada de ver esse tipo de criminoso ser retratado de forma romantizada, com rituais exagerados”.

O mundo de Kate

Nathan Bardel, o assassino em questão, fala com o leitor depois de executado por seus crimes, como um Brás Cubas especialista em estupros e morte. É assim que a gente consegue entender sua frieza, suas motivações e seus métodos.

A violência e o sexo estão escancaradas em quase todas as páginas. Mas não gratuitamente. Tudo tem um porquê.

Esse estilo, junto com a alternância da narrativa entre Nathan e outros personagens, me lembraram outros 2 livros incríveis: Garota Exemplar, de Gillian Flynn, e a série Millenium, de Stieg Larsson.

A construção dos personagens também merece destaque. Não é fácil gostar de Kate ou do policial Ryan Owen. Só que precisamos desesperadamente deles para chegar ao fim dessa história.

“Na literatura de suspense, temos que dar as informações a conta-gotas. O leitor sabe tanto quanto o detetive. O que eu ofereço é a possibilidade de que ele mesmo descubra”.

Na boca do povo

Lançado pela própria Cláudia como ebook na Amazon, ficou 5 meses na lista de mais vendidos da loja – só saiu do ranking quando a Editora Empíreo comprou os direitos para, finalmente, lançar a versão física do livro.

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Os elogios à história não paravam de chegar nos blogs especializados, como Queria Estar Lendo, Redatora de Merda e Livroterapias.

No Skoob, tem um índice de 4,6/5 estrelas!

“Fiquei surpresa, porque achava que era violento demais”, diz a escritora.

E foi justamente uma blogueira, uma das leitoras-beta, que levou Kate para a Empíreo.

Publicado em outubro de 2015, Eu Vejo Kate teve sua primeira tiragem praticamente esgotada e vai para mais uma impressão, que deve sair durante a Bienal do Livro de SP.

No dia 27 de agosto, seu aniversário, Cláudia vai realizar o sonho de ser autora convidada do evento para fazer a divulgação do livro que a fez cair no gosto dos leitores brasileiros.

Até o fim deste ano, o público poderá ler o terceiro trabalho de Cláudia, ainda sem título divulgado, que está em produção.

O que a gente já sabe – a autora contou essas informações com exclusividade para o Juicy Santos – é que se trata de um policial noir envolvendo a máfia, com o mesmo tipo de escrita adulta.

Ah, e ela já avisou que, em um de seus próximos livros, escreverá uma protagonista santista.

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