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Cássio Barco: um jornalista santista em Barcelona

O santista Cássio Barco chegou a Barcelona em março com a missão nada fácil de cobrir aquele que é ~apenas~ o melhor time do mundo na atualidade.

Formado pela Unisanta em 2008, hoje faz parte da equipe do Globo Esporte. No site, está mandando super bem com matérias inusitadas (como esta, com o cabeleireiro das estrelas do time), além das notícias cotidianas do clube e material mais denso, como a reforma do grandioso estádio Camp Nou.

Barco contou, com exclusividade para o Juicy Santos, como foi parar na cidade catalã e o que já descobriu por lá.

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Como foi a sua trajetória no Jornalismo até chegar a Barcelona?

Estudei na Unisanta. No segundo ano da faculdade, comecei a escrever para o Santista Roxo, um site que era comandado pelo Arnaldo Hase, que me deu a oportunidade e acabou virando um grande amigo e – talvez seja o melhor profissional com quem já trabalhei.

De lá, consegui um estágio na assessoria do Santos e fiquei dois anos e uns meses, até me formar. Me fizeram uma proposta ruim e não fiquei, fui para São Paulo trabalhar em uma empresa que vende e compra jogadores, chamada Energy Sports, por indicação do Alexandre Ceolin e do Juan Reol, que trabalharam comigo no Santos.

No final de 2009, com a mudança de presidente do Santos, o Arnaldo Hase me chamou para voltar ao clube e começarmos um projeto novo em 2010. Foi quando criamos a Santos TV, junto com Diogo Venturelli e Sergio Pirata. Depois de um ano e meio de Santos TV, o Zé Gonzalez, chefe da redação do Globoesporte.com em SP me fez uma proposta para trabalhar com ele. Fiquei exatos três anos trabalhando para o site e fazendo algumas matérias para a TV até receber essa oportunidade de agora.

Você já tinha interesse em cobrir esportes, mais especificamente futebol, ao começar a faculdade? Como foi esse direcionamento?

Eu era torcedor muito apaixonado pelo Santos e sabia que se entrasse para esse meio ia acabar mudando isso e tentei evitar no começo. Mas as oportunidades foram aparecendo e eu me empolgado, quando vi já estava no meio e hoje não me vejo trabalhando com outra coisa no jornalismo – talvez um dia com música (rs).

De fato, (trabalhar com isso) mudou o que eu sentia pelo Santos e pelo futebol. Você precisa se distanciar, ser imparcial, tudo vira trabalho, você vê coisas que não gosta de perto. Hoje sou mais apaixonado pelo que faço do que pelo futebol em si.

Como apareceu a oportunidade de ir para a Espanha?

Estive na Espanha no meio do ano passado e fiquei 10 dias aqui em Barcelona para a chegada do Neymar. Rendeu boas matérias, tanto para o site como para a TV. Quando voltei ao Brasil fui direto para o Rio, onde fiquei durante a Copa das Confederações. Quando acabou, meu chefe me chamou para almoçar e perguntou se eu teria interesse em ser correspondente. Acho que eles já estavam pensando nisso já e queriam alguem com um perfil “faz tudo”. Aqui escrevo os textos, tiro fotos, gravo as entrevistas e edito. Esse papo foi em julho de 2013, se concretizou em março.

Quais são as suas expectativas pra essa nova fase – tanto como jornalista quanto como “forasteiro” em uma nova cidade?

Morar em outro país tem sido uma experiência edificante. Toda vez que saí do Brasil, mesmo que por 15 dias, me parecia que tinha ganhado um ano, sabe? Agora tá sendo isso em uma intensidade maior ainda. Eu estou realizado, sempre foi um sonho morar fora. Profissionalmente tem sido a maior correria. Primeiro por estar sozinho e fazer tudo, depois porque cheguei aqui precisando arrumar apartamento, ajeitar a vida, em plena reta final da temporada europeia de futebol, com Barcelona e Real Madrid bombando. Mas está bom demais, tomara que continue assim e assunto não falte, não quero voltar tão cedo!

Do que você acha que vai sentir mais saudades aqui em Santos a partir de agora?

Eu já morava em São Paulo há três anos então já sei o que sinto falta, sem ordem específica: ir trabalhar pela avenida da praia vendo o jardim, as pessoas, e tudo aquilo que é bonito demais. O pão de cará. O festival do al Khabir e o sorvete da royal (gordo). Minha família e alguns amigos. Ser chamado pelo nome pelos garçons do bar da esquina (eu morava na Conselheiro com a Epitácio). O clima, de vez em quando… O frio da Europa é bom quando você tá com os amigos, em um bar, passeando pela cidade, mas as vezes é meio deprimente…

Acompanhe o trabalho do Cássio Barco como correspondente do Barcelona no Globo Esporte.

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