Rota de bicicleta entre São Paulo e Santos deve ficar pronta em 2023
Que Santos é uma cidade apaixonada pelas bikes, isso a gente sempre fala por aqui. E, agora, a cidade terá uma ligação direta com a capital especialmente para o tráfego delas. A rota de bicicleta entre São Paulo e Santos vai virar realidade ainda em 2023.
Uma lei, aprovada em 2018 pela Assembleia Legislativa de SP (Alesp), cria a rota Márcia Prado. O projeto já teve o contrato publicado no Diário Oficial do estado em outubro do ano passado.
Essa é uma antiga reivindicação dos ciclistas paulistas. Isso aconteceu depois de muitos anos de perigo na estrada e até casos de violência policial para quem descierra do Mar de bicicleta.
A rota cicloturística deve, finalmente, começar a ser implementada. E a entrega está prevista para outubro de 2023.
Entre São Paulo e Santos de bicicleta
De acordo com a lei, serão construídas ciclovias e passarelas de acesso para os ciclistas que descem a região conhecida como Serra do Mar, com destino ao litoral. Elas vão ficar entre os quilômetros 38 e 42 da Rodovia dos Imigrantes.
Segundo a concessionária responsável pela via, a Ecovias, as obras darão maior segurança viária aos ciclistas que acessam o trecho da rota de bicicleta entre São Paulo e Santos. Eles ficarão separados do tráfego na rodovia. Na prática, é como se existisse uma ciclovia permanente na estrada.
Quem foi Márcia Prado?
O nome da rota de bicicleta entre São Paulo e Santos homenageia a cicloativista, morta em 2009 depois de ser atropelada na Capital paulista.
Após seu acidente, ela se tornou símbolo na luta por direitos e por mais segurança para ciclistas no estado de SP. Assim como vários outros ciclistas que perderam a vida no mesmo contexto.
A ideia de dar o nome da ciclista para a rota partiu de colegas de Márcia que faziam anualmente o Pedal Anchieta. No evento, bikes tomam as rodovias da cidade de São Paulo e partem em grupo para a Baixada Santista. O Pedal Anchieta foi a última viagem que Márcia fez antes de morrer.
Presidente do Instituto BRCiclos e um dos criadores da rota, Andre Pasqualini explica que o trajeto busca maior segurança para quem sai de São Paulo com direção ao litoral.
“Nunca tivemos um acesso ao litoral para quem anda de bicicleta, e o problema era o grande número de ciclistas pelos acostamentos. Por isso, pensamos na melhor rota que usasse o mínimo possível da Imigrantes”, disse. O grupo passou então a fazer o percurso e buscar apoio do Estado na adequação do trajeto para os ciclistas.
Segundo Pasqualini, hoje a principal reivindicação de quem faz a rota é mais segurança e pontos de apoio, e que não onere o ciclista que opte pelo trajeto.
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