Texto porLuiz Fernando Almeida

Eu transo com gays idiotas

Homossexuais morrem todos os dias. Há aqueles que morrem de violência e aqueles que morrem de… Vontade!

E afinal, o que seria de muitos gays sem o preconceito? Sem essa sombra de intolerância?

Ah, primeiro uma fonte quase inesgotável de sexo fácil vai pelos ares.

Ou você acha que o carinha que você conhece no Manhunt e no Bate Papo da UOL vai lutar pelo preconceito e se tornar militante de uma ONG LGBT? Tenta simplesmente chamá-lo de gay, e cuidado com um possível soco.

grafitt banksy

Aliás, todos querem um homem gay hetero, não um homem gay afetado e que seja militante.

Quando você reclama da solidão, é alguém parecido com um pornstar da Belami que você quer na sua cama, não alguém igual ao Jean Wyllys que venceu o Big Brother.

Acho esquisito. Mas tiro um proveito razoável disso.

Temos uma série de homens que se escondem na sombra do preconceito. Homens bonitos, gostosos, que recheiam as academias, os prédios de funcionários públicos, as universidades particulares.

Gente que não se considera gay, que tem nojo dessa palavra, que transa com mulher, mas que no fim adora ser passivo. Garotos criados para ser héteros a todo custo. Porque se ele tiver um sinal de gay o pai vai sufocar, vai colocar no futebol, vai bater ate sair sangue pra que fale grosso.

Esse é o gay que anda com os valentões do colégio, que maltrata os garotos gays do tipo que dá pra identificar num milhão de quilômetros. É o gay que se esforça pra comer mulher. Que não tem modelos positivos pra ser gay. E no final das contas sabe o que ele vai fazer? Aos 30 anos vai sair no meio da noite, na hora do almoço, vai andar na praia após o trabalho, jogar aquele futebol sabe? Mas na verdade, vai pegar traveco, vai arrumar uma foda rápida na internet pra poder vai ser passivo e sentir-se pleno.

Eu dou uns pegas nesse tipo aí, e faço isso sem culpa. Muito franca!

Dizem que os gays são promíscuos, e somos. Porque somos gays, mas acima de tudo somos uma coisa chamada HOMENS, que em geral são promíscuos. E se estamos falando de dois homens (ou mais), você sabe muito bem no que dá… E no que come. Mas claro que ainda há os gays tímidos, travados, esperando um príncipe encantado… E claro que, de alguma forma, todos têm seus gostos e suas próprias escolhas, e uma hora, essa vida cruel, que mantém todos na “ilegalidade” afeta até o mais correto dos “modelos” gays que realmente deveriam ser seguidos.

Quando um dos caras com quem eu fiquei nesse esquema aí me disse que tinha problemas para lidar com isso, eu imediatamente lhe falei que aquele não era nem de longe o meu problema. Pra mim, ser gay é quase um passo a mais na evolução humana. Somos meio que os mutantes dos X-men e os humanos simplesmente sentem medo e receio por sermos  o que somos.

Essa galera vive um dilema entre ceder as suas vontades e administrar a vida dupla. Mentem pras mulheres, mentem pras gays, mentem pra si mesmos. É mentira o tempo todo, simplesmente porque eles nem sabem quem são de fato.

Esse mesmo cara me perguntou outro dia:

– Quem é você, Luiz?

E eu, que não estava muito na onda, respondi plagiando uma frase de Cavaleiros do Zodíaco:

“Aquele que mais anseia em saber quem eu sou, sou eu mesmo”.

Porque né, sessão de análise eu não faço!