Lendas vivas (ou não) da noite santista
Hoje é sexta e como estamos na vibe funfunfun, preparamos um post que homenageia a naitche santista em uma época que Rebecca Black não seria suuuuucessuuu no You Tube, mas estaria num CD em “as 7 melhores Jovem Pan”.
Antes de começar a falar das lendas da noite santista, vamos deixar claro que esse é um post colaborativo onde você posta a lenda noturna da sua época aí embaixo nos comentários, ok? E quem são as lendas da noite santista? São aquelas personalidades / ícones / fatos caiçaras que faziam parte das sextas ou sábados, nos arredores das discotecas e bares da cidade! Rá! Você deve ter lembrado de alguns nomes… então, vamos á lista introdutória…
GUILE
O Guile (o Van Damme caiçara) fazia ponto com seus músculos, baby-look, calça camuflada e vibe Street Fighter na fila quilométrica da Mythos. Vendendo balas, drops e outros itens. Durante um determinado período Guile conseguia estar presente simultâneamente em todas as filas de balada, bares e na balsa. Há uma comunidade no Orkut para ele com mais de 1.200 membros, atestando sua fama. Atualmente é visto frequentemente na entrada de Santos, vendendo os mesmos itens.
EDUARDO CAMILLO
Eduardo Camillo que também assinava como Mega Promotions era o rei das baladas adolescentes. Comandava as matinês e um exército de adolescentes do começo da geração Y – praticamente um dos embaixadores do marketing de guerrilha da noite santista. Camillo estava para as matinês santistas como o Steve Rubell estava para o Studio 54. A mecânica era simples: os adolescentes pré-Internet disputavam 15 minutos de fama em troca de VIPs e reputação na naitche colegial, suficiente para fazer fama na hora do recreio. Camillo é uma figura extremamente particular e ainda mora em Santos, apesar de ser carioca. Desenvolvia flyers polêmicos e adorava colocar nas laterais dos mesmos frases-manta como “O futuro é tão brilhante que eu uso óculos escuros” entre outras citações non-sense. Trabalhou para a Planet Z, Millenium, People, Pellikano´s, Breezy, Twist, entre outras casas. E muita gente diz que ele parece o Apu dos Simpsons.
TIA CAMPONESA DAS FLORES
A tia camponesa das flores do Gonzaga vendia rosas vermelhas, vestida de azul. Passeava entre os bares, sempre produzida com um vestido que parecia de debutante e cabelo trançado, um ícone kitsch da noite santista.
FRIENDS
A Friends era uma equipe de promoters comandada pelo Chiquinho e Boy (promoter da cidade, que segundo a lenda trabalhava como dançarino na saudosa Reggae Night) que dominava a promoção e criação de festas em Santos. Festas em Armazéns, Mansão do Canal 6, Mansão da Pompéia geralmente estavam nas mãos da Friends, que também funcionava como hub para casas noturnas promoverem seus eventos.
MÃE DINÁ
Sim, a Mãe Diná é uma lenda na noite Santista pelo icônico dia em que ela foi no Gugu (se eu não me engano foi o Gugu mesmo) e deu uma declaração que ia dar merda no show da Shakira em Santos (na Reggae Night). A Mãe Diná quase micou o show, todo mundo que comprou o convite ficou noiado (na época quase ninguém tinha Internet, então não achei muitas informações sobre isso na web), e no final das contas o Morro da Nova Cintra não desabou e quem foi ao show não se arrependeu.
MYTHOS
Apesar de recente (2000 – 2005), a Mythos virou uma lenda a noite de Santos. As festas temáticas, muitas vezes idealizadas pelos “Brunos” Basso e Kemp foram momentos marcantes na cidade, por trazerem o conceito de “experiência” quando pouquíssimas empresas falavam nisso ainda. Festas com brindes, ações amarradas com as temáticas, tudo era muito megalomaníaco mas extremamente bem feito. Lembro de uma festa onde um dos convites era uma concha com uma pérola real dentro, da festa “Do Your Hair” onde uma equipe de cabeleireiros produzia as pessoas no palco, entre outras festas memoráveis, além dos DJs que a Mythos trouxe para Santos como Paul Oakenfold, Marky, entre outros.
Bora então comentar sobre as lendas da naitche santista? De quais você lembra?