Vinil e boas risadas: 1 ano da feira de discos de Santos
Nenhum sábado é igual ao outro no Gonzaga.
Às vezes, você se depara com o som inusitado e lindo feito pelo Sambatera, a banda de um homem só. Outros dias, o violino da Lyarah faz a trilha sonora e pessoas como o Samuel, que vende balas na orla da praia, circulam e contam suas histórias.
Em um sábado do mês, é possível embarcar em um universo paralelo e viajar no tempo.
Isso acontece graças à Feira de Discos de Santos, um evento que começou tímido e neste mês completa seu primeiro ano de sucesso.
Feira de discos de Santos
A primeira edição aconteceu depois que Sérgio Dias, organizador, foi convidado para discotecar e expor em um evento e percebeu a demanda na região.
De início, eram 4 expositores em uma reunião de amigos. Para a 12ª edição, 20 expositores já confirmaram presença, inclusive lojistas de São Paulo e outras cidades de fora da Baixada Santista que descobriram na feira de discos Johnny Hansen uma grande oportunidade.
“Eu poderia dizer que a feira se tornou um ponto de encontro para colecionadores de discos e amantes da música”, explica o organizador.
Quem frequenta o evento, que acontece mensalmente, nota e comenta outra coisa: a geração do streaming interessada nos bolachões. Jovens de 16 e 18 anos, por exemplo, frequentam o local acompanhado dos pais e passam a ser clientes, com ou sem eles.
Não há um registro do número de visitantes do evento e nem dúvidas de que, se tivesse um controle, passariam dos três dígitos.
“Eu adoro. Nem sempre compro, mas gosto de passar algumas horas, conversar e conhecer pessoas. O ambiente é muito gostoso”, comenta Felipe Antunes, frequentador.
Homenagem
Um dos participantes assíduos do evento era o santista Johnny Hansen.
Por isso, após seu falecimento, a feira passou a levar o seu nome, como uma homenagem ao artista e apoiador da feita.
Não é da sua época? Estamos falando de um cantor e multi-instrumentalista santista. Marcos Ricardo Pereira da Fonseca, mais conhecido pelo nome artístico de Johnny Hansen, ganhou notoriedade na cena musical underground como líder da banda Harry.
O grupo foi formado nos anos 1980 e tornou-se um dos pioneiros no electrorock, após lançar o disco Fairy Tales. Recentemente, a banda lançou uma versão mais roqueira e plugada do trabalho.
O artista santista faleceu no início de 2017, devido a um infarto fulminante.
Comemoração de 1 ano
A 12ª edição do evento acontece neste sábado (14 de outubro), na galeria Queiroz Ferreira, das 14 às 20 horas.
O evento tem entrada gratuita e vai reunir 20 expositores, da Baixada Santista e capital paulista. Além disso, rola discotecagem especial de Sérgio Dias e um pocket show com a banda de power pop argentina Baby Scream.
Vai lá e fica de olho nas redes sociais para acompanhar todas as edições 😉