Texto porJuicy Santos
Santos

Resenha: Kaiser Chiefs é indie rock na veia

Boa banda da cena indie pop (ou indie rock, como alguns preferem descrever), a britânica Kaiser Chiefs está de volta com um material inédito. The Future Is Medieval é o quarto da discografia, gravado em estúdio. E atesta a evolução do grupo a caminho do amadurecimento

O som está bem calcado no som dos anos 60, só para variar um pouco. A impressão que se tem é que que toda banda indie buca inspiração na chamada invasão britânica capitaneada pelos Beatles. Mas no caso do Kaiser Chiefs, a questão consiste somente em citações, bem longe de eventuais plágios.

As faixas Back In December e Can´t Mind My Own Business vão bem na direção do passado, assim como Child Of The Zago, que têm inspiração em bandas como The Zombies, com um som com vocais e arranjos mais trabalhados em estúdio.

Coming Up On Air puxa um pouco o freio do rock para levar o ouvinte para uma baladinha típicamente anos 60, inclusive nos backing vocals bem trabalhados. E Cousin In The Bronx retoma a sonoridade das três primeiras faixas.

Apesar do título prá lá de manjado, Fly On The Wall é um dos bons momentos do disco, com o riff de guitarra intermitente ditando o ritmo e um refrão que gruda logo na primeira audição.

Escolhida como single de trabalho nas rádios, Little Shocks começa com um arranjo climático, para depois quase cair no mainstream pop. Mas não se iludam: o som é puro indie pop, sem sombra de dúvida.

No balanço geral, as 20 faixas de The Future Is Medieval têm saldo positivo para o ouvinte que busca algo diferente no cenário atual do pop rock. Não é um som tosco e crú, como mostram as bandas punks. Mas vai agradar quem é fã do estilo indie pop.

Texto por Luiz Otero