O rock ainda grita ao som do Rival Sons
Vamos imaginar a seguinte cena: Deus, um belo dia, resolveu juntar o Led Zeppelin com o Deep Purple.
Assim surgiu o Rival Sons.
Depois que divulgaram os nomes das bandas que iriam tocar no festival Monsters Of Rock, todo mundo foi pesquisar quem seriam os tais Rival Sons.
Entre artistas como Ozzy Osbourne e Judas Priest, o grupo era um pequeno peixe no meio de vários tubarões com anos de estrada, bebedeiras, drogas e rock’n’roll na cabeça.
Os rapazes lançaram o seu quinto disco, Hollow Bones, em junho deste ano.
A proposta é uma só: rock puro, sem nenhuma firula ou brilhantismo exagerado, em apenas 9 faixas.
Eles entregam um som que ressoa nos ouvidos de quem sente saudades dos Dinossauros do Rock, que fizeram a cabeça de nossos pais quando jovens e ainda estão na lista de favoritos de muita gente até hoje, como Deep Purple, Free, Led Zeppelin, Black Sabath e Bad Company.
Pra resumir, quem escutar Hollow Bones vai encontrar rock cru to the bone, com uma levada de psicodelia com distorção.
(Sei que devo ter viajado escrevendo esta parte. Mas, no momento, estou ouvindo o solo da música Fade Out, que já considero um dos pontos altos do álbum).
O vocalista Jay Buchanan consegue jogar as suas letras pra fora igual a um jovem Robert Plant num estado não muito normal.
O guitarrista Scott Holiday evoca, com maestria, os incríveis Ritchie Blackmore (Deep Purple) e Jimmy Page (Led Zeppelin).
Sem deixar de lado Mike Miley, baterista que, com certeza, está com John Bonham no corpo, e David Beste e suas linhas de baixo sensacionais.
O Rival Sons pode não parecer original para alguns.
Mas, em uma coisa, podemos dar certeza: quando os dinossauros forem extintos, alguém vai precisar deixar a chama do rock acesa. E serão esses garotos.
Ouça o álbum e tire suas conclusões.
Track List:
1 – Hollow Bones Pt. 1
2 – Tied Up
3 – Thundering Voices
4 – Baby Boy
5 – Pretty Face
6 – Fade Out
7 – Black Coffee
8 – Hollow Bones Pt. 2
9 – All That I Want
By: Victor Persico