Texto porJuicy Santos
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Nada Surf é destaque no cenário indie

Grupos de Indie rock tem conquistado uma fatia considerável do público que curte o chamado som alternativo. E a receita infalível consiste em colocar pitadas generosas de sonoridade pop, mescladas com influências musicais dos anos 60/70.

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Um dos grupos que vem se destacando com esse tipo de fórmula é o Nada Surf, que foi fundado em 1993 nos Estados Unidos, e acaba de lançar seu mais recente disco, The Stars are Indifferent to Astronomy. Muito embora ainda seja desconhecida no Brasil, em seu País de origem tem conseguido atrair a atenção de uma legião de fãs com seu trabalho, em especial, a partir de 1996, com o lançamento da canção Popular, que conseguiu atingir as paradas americanas.

Os integrantes da banda são: Matthew Caws (Guitarra e vocal) Ira Elliot (Bateria e vocais) e Daniel Lorca (Baixo e vocais). O novo CD contém apenas 10 canções, ou seja, foge dos padrões atuais em número de faixas. Prefere seguir um modelo que era mais usual na época do bom e velho vinil.

O som busca inspirações especialmente em Big Star, banda ícone do rock dos anos 70. Mas é possível encontrar influências de Beatles e do chamado movimento musical intitulado invasão britânica, formado por grupos ingleses de rock fundados na década de 60.

É um tipo de som que tem um forte apêlo comercial. Ao contrário de outros grupos, que buscam fazer o caminho inverso, fugindo do trivial, o Nada Surf prefere nadar a favor da corrente.

A voz de Matthew Caws é agradável. E as canções são inspiradas, com conteúdo poético convincente nas letras. Cada faixa conta uma história para o ouvinte mais atento, sempre envolvendo as experiências pessoais que os músicos aparentemente vivenciaram ou constataram em seus redutos familiares e círculos de amizade.

Desse disco, poderia destacar The Moon Is Calling, cantada bem ao estilo dos anos 60. E a etérea When I Was Young, que começa com um arranjo folk, antes de ingressar no hard rock de cunho setentista, meio retrô. Teenage Dreams soa bem R.E.M., que por sua vez também foi influenciado pelo Big Star. Não é difícil imaginar essa faixa cantada pelo Michael Stipe.

O fato de ter somente10 faixas contribuiu para o álbum ser de audição fácil. No final, o ouvinte fica com vontade de colocar o CD na faixa 1 novamente. O disco pode até não atingir as paradas de sucesso. Mas tem tudo para agradar os fãs do chamado indie rock.

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Texto por Luiz Otero