Texto porJuicy Santos
Santos

Lady Gaga e Born This Way – a pista de dança é o limite

Sempre vi com reservas a postura polêmica de Lady Gaga. Não que deixasse de reconhecer algum mérito musical nela. Mas apenas pelo fato de acreditar que sua música, na essência, não precisaria de tanta coisa assim para vingar no disputado mercado do pop internacional.

Quando tive acesso a Born This Way, seu mais recente disco, prometi para mim mesmo esquecer qualquer tipo de declaração polêmica dela ou algum figurino chocante que a artista tenha usado recentemente. Me concentrei nas canções e na produção. E ouvi algo interessante, que sempre está em sintonia com movimentos do passado.


Lady Gaga faz música para dançar, bem ao estilo das divas da discoteca, como Donna Summer (pelo visto, ela se inspira muito na fase em que Donna era produzida por Giorgio Moroder). As duas primeiras músicas (Marry The Night e Born This Way) apontam na direção da pista de dança ou para o nível máximo do volume do aparelho de som.

 

Um lançamento prá cima como esse não pode dar errado de forma alguma. Passamos para a faixa seguinte, Government Hooker, e estamos novamente diante de uma faixa dançante como as duas primeiras. E a seguinte, Judas, tem um arranjo épico apoiado pelos teclados e pela bateria eletrônica.

Scheibe mostra novamente toques de Donna Summer da fase com Giorgio Moroder. E Bloody Mary tem um arranjo mais cadenciado, mas sem perder o pique dançante.

As demais faixas pouco apresentam de novo em relação a sequência inicial. You & I é a única exceção, pois começa como balada para depois crescer no arranjo no maior estilo rock´n roll.

Chego ao fim do disco sem entender muito bem o que há de novidade no som de Lady Gaga. Mas isso é o que menos importa: Born This Way é uma produção caprichada, uma boa aposta da gravadora para obter índice de vendagem e promover os shows ao vivo. Todas as faixas irão funcionar bem na turnê que ela realiza pelo mundo. Algumas aliás já vem sendo tocadas nesses shows, com boa repercussão junto ao público.

By: Luiz Otero