Texto porJuicy Santos
Santos

Karen Carpenter – 30 anos de saudade

E lá se vão 30 anos sem a voz e a doçura de Karen Carpenter. A cantora, que formou com o irmão Richard o duo Carpenters, e emplacou uma série de hits durante a década de 70, teve uma morte prematura naquele triste 4 de fevereiro de 1983. Tinha apenas 32 anos e uma vida inteira pela frente na música.


O duo fez um enorme sucesso na década de 70. Se apresentou na Casa Branca para o presidente dos Estados Unidos, que na época era Richard Nixon. Tinha uma receita musical simples, calcada no som dos anos 60, principalmente nos Beatles. Não por acaso, eles regravaram algumas canções do fab four, como Ticket To Ride, Help e Nowhere Man.

A vida pessoal da cantora acabou sendo abalada pelos excessos do show business. Uma agenda muito intensa de shows e compromissos profissionais. Mas também pelos sintomas de uma doença ainda pouco conhecida naquela época: a anorexia nervosa. Karen tinha graves crises e tomava medicamentos em excesso para não engordar. Com o tempo, o seu corpo acabou pagando o preço desses excessos,  que resultaram em uma parada cardíaca repentina em sua casa, nos Estados Unidos.

A voz de Karen tinha algo de mágico. Sua poderosa voz de contralto e seu poder de interpretação eclético – ela se dava bem tanto nas canções românticas como nas dançantes – mostravam uma artista completa, que ainda por cima sabia tocar bateria muito bem.


Meu primeiro contato com a voz de Karen se deu na segunda metade da década de 70, quando a dupla estava no auge da popularidade. Eu estava no antigo curso primário (hoje em dia é o Ensino Fundamental).  Me lembro, como se fosse hoje, a emoção de ouvir os primeiros versos de We´ve Only Just Begun, um de seus hits mais conhecidos. Era impossível ficar indiferente ao som pop da dupla, que era facilmente absorvidos pelos ouvidos e pela mente.

Mas o que marcou mesmo foi aquela voz, que era algo único na música pop.  Você se sentia tocado ao ouvir uma canção com ela, em qualquer parte do mundo. Ela concsegui emocionar sem soar piegas. Trazia a emoção na dose certa. É fato que a indústria da música mudou muito desde então. Karen não presenciou a chegada da internet e as mudanças que o mercado fonográfico viveu e ainda vive em todo o mundo. Entretanto, a obra que a dupla produziu ainda resiste. E serve de referência para  os artistas atuais.

Hoje em dia, o irmão Richard vive afastado da música. Ele cuida do patrimônio musical que a dupla produziu. E mantém um site em homenagem a irmã na internet. Quem sabe ele mude de ideia e resolva se arriscar novamente na produção musical, como fez no passado. Com certeza, a música pop se tornaria algo bem mais agradável.

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By: Luiz Otero