Anne Marie e Reles Relíquias
No ano de 2013, o Brasil conheceu a voz de Anne Marie.
De jaqueta de couro e calça jeans, a menina – na época, com 24 anos – deixou o estilo caiçara nos bastidores do The Voice Brasil, para mostrar o seu lado rockeira. Nos primeiros versos de Muito Pouco (Paulo Moska), deixou o quarteto de jurados boquiabertos e, com pouco mais de 60 segundos, conquistou Daniel e Lulu Santos.
A jornada continuou com a impressionante apresentação de Máscara, da Pitty.
Mas, em dado momento da competição, a moça teve que continuar a jornada de conquistar o público fora do programa global.
Para isso, se reuniu com a banda Reles Relíquias, formada pouco antes da participação no reality.
Imagem: Matheus Lessa
Há quatro anos na cena da Baixada Santista, Anne Marie, Vítor Lavins, Otávio Holem, Filipe Costa, Jefferson Lopes e Moisés Poulsen buscam um lugar ao sol no cenário musical e mostram que, no Guarujá, também estão grandes vozes da região.
“Eu era de outra banda, mas não era nada muito profissional e de nível técnico”, lembra Anne. “Ensaiávamos lá no estúdio do Jeff e, um dia, ele me convidou para participar da banda dele”.
Roqueira que é, a vocalista estranhou o estilo proposto e, inicialmente, não topou a ideia.
“Eu fiquei insistindo e ela aceitou. Mas, no início, faltava bastante aos ensaios”, brinca o baterista.
De acorde em acorde, o som, mais voltado para a MPB, fisgou o coração e os ouvidos da vocalista e o trabalho engrenou. Não demorou para lançarem o primeiro EP, junto ao single Vício (teve até matéria no Papel Pop!).
Alegria e Solidão
O amadurecimento continuou e, atualmente, a Reles Relíquias trabalha na divulgação do segundo EP, Alegria e Solidão. O trabalho traz cinco faixas autorais, com um estilo totalmente diferente do primeiro lançamento. Para os músicos, isso é fruto da experiência adquirida no decorrer dos anos.
“Trabalhamos mais ou menos um ano e meio para chegar ao resultado desejado. Além do EP, lançamos o clipe da música título do trabalho, em outubro. Antes disso, divulgamos o vídeo de Tá Tudo Bem e duas lives, só um som ainda não foi trabalhado nesse sentido”.
Quem ouve o compilado encontra diversas influências misturadas, do rock característico da Marie até o reggae e o groove.
Tamanha mistura resultou em um som bem particular da banda Reles e Relíquias. “Nós somos misturados”, dizem entre risos.
E isso também fica evidente na plateia das apresentações, crianças e idosos – por exemplo – são frequentes e não escondem quem gostam do que estão ouvindo, cantam junto e, muitas vezes, se emocionam com as letras.
Segundo o grupo, o segredo disso é a paixão.
“Normalmente sou eu quem componho, levo a letra e um melodia simples no violão ou ukelele, mas nós trabalhamos juntos para desenvolver algo que todos gostem”.
Para o futuro, eles esperam seguir com o trabalho, sem muitas expectativas, mas com a garra para fazer as coisas acontecerem no ritmo das ondas e na frequências dos acordes da guitarra.
Imagem: Matheus Lessa
Gostou da banda? Você pode acompanhar o trabalho deles lá no Facebook (tem também o da Anne Marie) e no YouTube.