Por que conviver com pets faz bem pra saúde, segundo a ciência
Cuidar de um animal significa se cuidar também, dizem os estudos
Se você chega em casa e é recebido por aquele olhar carinhoso, o gato ronronando ou o rabinho do doguinho abanando, já sabe: não existe sensação igual. No entanto, a ciência comprova que ter um pet vai muito além do amor incondicional. Esse convívio, na verdade, traz benefícios reais para a saúde física e mental.

Atualmente, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de tutores. De acordo com dados da Abinpet e do Instituto Pet Brasil, o país abriga entre 150 e 160 milhões de animais de estimação. Além disso, o mercado pet nacional movimenta cerca de 52 bilhões de reais e segue em crescimento constante. Não é à toa que cada vez mais pessoas descobrem que cães, gatos, aves e até peixes ornamentais são grandes aliados do bem-estar.
Benefícios comprovados pela ciência
Pesquisas do Human Animal Bond Research Institute revelam que 74% dos tutores relatam melhora significativa na saúde mental após adotar um animal. No entanto, os benefícios não param por aí.
Pessoas que convivem com pets apresentam níveis mais baixos de triglicerídeos e colesterol, além de uma pressão arterial mais estável. Acariciar um animal reduz o cortisol, o hormônio do estresse, e aumenta a ocitocina, responsável pela sensação de relaxamento. Até mesmo observar peixes em um aquário pode diminuir a tensão muscular e reduzir a frequência cardíaca.
Brincar ou passear com o pet estimula a liberação de serotonina, dopamina e ocitocina. Como resultado, há menos ansiedade, menos sintomas de depressão e mais autoestima no dia a dia. Além disso, a interação frequente com animais contribui para o equilíbrio emocional e ajuda a prevenir doenças cardiovasculares.
Exercícios e socialização no pacote
Quem tem um cão costuma ser mais ativo. Estudos mostram que tutores de cachorros têm 34% mais chances de atingir os níveis recomendados de atividade física diária. As caminhadas melhoram a resistência cardiovascular, fortalecem músculos e ossos, ajudam no controle do peso e garantem doses extras de vitamina D e ar fresco.
Outro benefício importante é o social. Passear em parques e praças facilita a interação entre pessoas e estimula a formação de novas amizades. Dessa forma, o convívio com pets também amplia a rede de apoio emocional, um fator essencial para o equilíbrio mental.
Companheiros especiais para idosos e crianças
Entre os idosos, os pets ajudam a reduzir a solidão, estabelecem uma rotina mais saudável e incentivam caminhadas diárias. Já para as crianças, o convívio com animais estimula o senso de empatia, a responsabilidade, a coordenação motora e as habilidades sociais.
Além disso, estudos indicam que crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) demonstram menos ansiedade e interações sociais mais positivas quando convivem com animais. Da mesma forma, aquelas com TDAH apresentam melhor foco e comportamento social ao participar de atividades como leitura para cães de terapia.
Pets esperam um lar
Na Baixada Santista, essa relação se fortalece a cada dia. Santos, por exemplo, tem se adaptado para acolher melhor os bichinhos. Restaurantes e cafeterias pet friendly se multiplicam, comércios aceitam a presença dos animais, e a construção de um hospital veterinário público na Zona Noroeste avança como mais um passo importante.
A cidade também conta com a CODEVIDA, referência nacional em tratamento animal. Além disso, iniciativas como o pet yoga fazem sucesso entre os moradores.
Quer adotar?
Adotar um animal é uma escolha ética que salva vidas e transforma realidades. Essa decisão combate o comércio ilegal, reduz a superlotação em abrigos e, ao mesmo tempo, preenche sua vida com alegria e afeto.
Mas lembre-se de que ter um pet é assumir responsabilidades. Alimentação adequada, cuidados veterinários, higiene, exercícios e muito carinho são fundamentais para garantir uma vida longa e feliz ao seu companheiro de quatro pata, nadadeiras, ou asas.