Texto porVictória Silva
Jornalista, Santos

Autor do Guarujá lança seu primeiro livro pela Novo Século

Quem se depara com as 461 páginas do livro Hora H – De Áries a Câncer (volume 1), de Edvaldo Felix Leal, talvez não seja capaz de imaginar a longa batalha que o autor enfrentou para que a narrativa chegasse às livrarias.

Foram dez anos para finalizar a primeira parte da trilogia que, num contato rápido, parece ser diferente de todas as outras obras literárias disponíveis.

“Comecei os primeiros rascunhos em 2006. Eu tinha inspiração, mas sabia que o mercado era difícil e isso me desestimulava”, conta.

Some -se ao fato ele viver no Guarujá e, na época, trabalhar em Cubatão, uma pequena viagem diariamente. “Eu chegava do serviço e dormia um pouco, acordava entre meia-noite e 1 hora da manhã e ia escrever até que o ônibus da empresa passasse”.

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Depois de dez anos nesse ritmo frenético, a história da luta entre bem e mal, ilustrada pelos personagens que misturam anjos a seres humanos, foi publicada pela editora Novo Século. Ou seja, um prato cheio pra quem gosta de literatura fantástica.

“Transformei o prólogo em capitulo zero e fiz 50 cópias, com uma editora do Rio de Janeiro. As pessoas gostaram bastante, então decidi dar um passo adiante. Entrei em contato com várias editoras e gostei da proposta que eles me ofereceram, o livro saiu pelo selo Talentos da Literatura Brasileira”, conta, entusiasmado.

Fantasia

Em Hora H – De Áries a Câncer (volume 1), o leitor é apresentado aos personagens que irão acompanha-lo durante a trilogia. Tudo começa em 1506, quando um grupo de homens desembarca na América do Sul (onde, mais tarde, o Guarujá estará localizado) à procura de pistas sobre o renascimento do neophelim Arnjloth – uma espécie de anjo mal.

Já no século XVI, descobre-se que a alma do neophelim está fragmentada em 12 sentenciados, com estigmas herdados em forma de marcas zodiacais. Esses jovens precisam aprender a se proteger, para que o inimigo não consiga reunir suas forças e voltar para a terra.

Além da Saraiva do Gonzaga (Av. Ana Costa, 566), o livro já pode ser encontrado em vários sites, como o da própria Saraiva e o Cia dos Livros. O autor também tem algumas cópias disponíveis em casa. “Se a procura for grande, a tiragem da segunda parte deve ser maior e vou contar com o apoio da editora”, explica.

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Gosto pela leitura

Atualmente, Leal consegue dedicar todas as horas do seu dia ao livro – a divisão fica entre divulgar o primeiro volume, acertar a publicação do segundo e escrever a próxima etapa da serie. Mas não costumava ser assim, o cara é formado em técnica em Química.

“Minha profissão não tem nada a ver com escrever, né? Às vezes, a vida afasta a gente das coisas que queremos, mas cedo ou tarde a gente consegue voltar às origens. Eu consegui!”.

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Nesse caso, as origens estão na infância e início da adolescência, quando o garoto costumava desenhar quadrinhos e fazer os primeiros rascunhos das histórias que imaginava. “Sempre foi o que eu quis fazer”.