Texto porVictória Silva
Jornalista, Santos

Santista portador de ELA precisa de uma cadeira de rodas

“Ele permaneceu internado na Santa Casa de Santos, por 2 anos, 2 meses e 28 dias”.

A exatidão dos números, passados pela jovem Daiene Dias, mostra o desespero da família de santistas que atualmente espera conseguir a doação de uma cadeira de rodas.

A história de Edson Dias, pai da Daiene, começou lá em 2004 quando um incômodo no braço direito chamou a sua atenção. A dor inoportuna se intensificou e, em pouco tempo, fez com que ele não conseguisse sentir firmeza no braço.

Era hora de procurar ajuda médica.

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Cinco anos se passaram, da primeira consulta no Hospital Guilherme Álvaro até o diagnóstico.

O pai de dois filhos se descobriu portador de Esclerose Lateral Amiotrofica (ELA).

Ainda pouco conhecida, apesar da campanha do balde de gelo nas redes sociais há algum tempo, a doença faz com que o organismo perca a capacidade de transmitir impulsos nervosos. Por conta disso, o eletricista precisou largar a profissão.

“Ele teve que sair do emprego, mas apesar de todos aqui em casa também trabalharem, a renda não era suficiente e ele começou a atuar como taxista”, lembra sua filha. “Em certo momento, ele se acidentou ao sair do carro, caiu e teve alguns ferimentos. Nós percebemos que ele não teria como continuar trabalhando”.

A partir daí, os filhos e a esposa passaram a se desdobrar para manter a casa e cuidarem do senhor de 55 anos, que atualmente encontra-se acamado, sem mover o corpo ou falar.

Locomoção

A jornada da família conta com internações e, em alguns momentos, descaso do poder público. Mas o problema que os causa dores de cabeça no momento é a cadeira de rodas que está em péssima situação.

“Para que ele possa se locomover dentro de casa, precisamos de uma cadeira de rodas. É um modelo simples, mas no momento nosso orçamento não permite a compra”, explica. “O modelo da cadeira é o ortomix standard plus”.

Existem outras dificuldades, como o número de aparelhos ligados e a necessidade de um ar condicionado para que eles não superaqueçam, além de o fato de a CPFL ter cortado os 40% de desconto da família e a necessidade de alguém para ajudar nos cuidados. Mas, no momento, a cadeira de rodas é a prioridade.

Se você souber de alguém que possa fazer a doação da cadeira, marque no link desta matéria no Facebook, envie por Whatsapp ou via redes sociais.

Caso queria ajudar com alguma quantia, pode fazer deposito na Caixa Econômica Federal. Os dados são: Agência 366; Conta 019146-1; Poupança 013 em nome de Edson Dias Junior, CPF 025.507.668-14.

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Para entender melhor a ELA, clique aqui. E, para conhecer um pouco mais a situação do Edson, assista a esse vídeo.