Texto porVictória Silva
Jornalista, Santos

O que é feito com os resíduos sólidos na Baixada Santista?

O ato de consumir está presente de uma forma constante no nosso dia a dia. 

De um carro até uma garrafa d’água, depois de uma caminhada pela orla, a gente consome o tempo todo. E não importa o tamanho do produto adquirido, o consumo leva à produção de lixo.

Você já parou para pensar no impacto que isso gera? Provavelmente, não. E nós afirmamos isso com base em pesquisas do Instituto Akatu, realizadas em 2012. Segundo elas, apenas 5% dos brasileiros são consumidores conscientes.

Com esse conhecimento, o Observatório Litoral Sustentável criou um caderno temático sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos.

residuos solidosImagem: Senetran

O objetivo é trazer informações para o debate com interlocutores aqui na região e no Litoral Norte e, assim, contribuir para a mudança cultural necessária.

Cenário atual

Aqui na Baixada Santista e Litoral Norte de São Paulo, nós produzimos, em média, 60% de resíduos orgânicos, 31% de secos (recicláveis) e 9% de rejeitos.

O problema é que não temos um destino correto para os resíduos sólidos urbanos (RSU), uma vez que, desde 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) determinou que todos os lixões do país fossem fechados até 2 de agosto de 2014.

A baixa quantidade de terrenos disponíveis para instalação de aterros sanitários faz com que a maioria dos municípios transporte seus RSU para fora da região – como acontece em 11 das 13 cidades da Baixada Santista e Litoral Norte.

Isso significa que ficamos dependentes de empresas que fazem esse transporte, além de correr riscos como tombamentos e acidentes que, consequentemente, podem contaminar o solo e cursos d’água.

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“A lei determina que apenas os rejeitos devam ser dispostos em aterros. Com a redução da procura pelos aterros, sua vida útil tende a aumentar e o custo de deposição diminuirá. O reaproveitamento de matérias-primas e orgânicas gera um ganho ambiental considerável, tanto pela economia de recursos naturais quanto pela não emissão de gases de efeito estufa”, diz Elisabeth Grimberg, coordenadora de Resíduos Sólidos do Instituto Pólis.

Para saber mais sobre o que é feito com os resíduos sólidos na Baixada Santista e passar a ser um consumidor mais consciente, fique de olho no caderno temático do Observatório Litoral Sustentável.