Texto porFlávia Saad
Santos (SP)
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7 dicas para comprar no fast fashion de forma inteligente

Vestir-se com estilo, não tem nada a ver com saldo bancário, sabia?

É saber escolher as peças certas que valorizam seus pontos fortes e se encaixam perfeitamente no seu estilo pessoal, e se você conhece bem o seu corpo, sua personalidade e lifestyle, pode comprar onde quiser.

Sim, estamos falando de liberdade.

Hoje em dia, o varejo de moda faz as últimas tendências chegarem quase instantaneamente ao nosso alcance, com preços mais amigos do bolso. É o chamado fast fashion, que está tanto na lojinha do bairro, quanto nas grandes lojas de departamento e magazines.

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Mas se você sente aquele desespero quando entra nessas lojas e vê o mar de araras e cabides, calma!

Veja algumas 7 dicas fundamentais para comprar no fast fashion com olho de profissional.

E sem gastar até o último centavo do seu suado dinheirinho.

1. Garimpe muito, experimente sempre e só compre se vestir muito bem!

Para pagar pouco e não parecer que pagou pouco, procure, procure, procure… O importante é ter bom olho, paciência pra pesquisar e não ceder ao impulso do preço baixo, já que o barato pode sair caro se for equivocado, principalmente pra sua imagem, que pode ficar ligada à má qualidade, e pro seu bolso, porque suas compras não vão durar ou vão ficar encostadas sem uso.

“Ah, mas a gente já sabe que as coisas nessas lojas são mais porcarias e descartáveis mesmo! Dá pra usar só poucas vezes e já ficam tortas, com cara de velhas e gastas. Por isso compro só o que é bem baratinho, pra não jogar dinheiro fora…”

Se você pensa assim, está apostando nas compras erradas, por isso a experiência é exatamente essa: peças ruins e dinheiro jogado fora! Você pode encontrar muitas peças ótimas, basta saber procurar e reconhecer o que é qualidade nos acabamentos, caimento e material.

Não sabe fazer isso? Não se preocupe! Continue lendo que você vai descobrir.

Sabe aquela loja legal da qual você só namora as vitrines? Quando pegar uma peça nos magazines, pense se essa peça poderia estar na vitrine dessa loja! Se achar que sim, meio caminho andado…

A peça pode ser linda na sua mão, mas será que vai encaixar bem no seu corpo? Será que o tecido ou a costura não pinicam? Sente, levante, se abaixe, levante os braços e veja se você se sente confortável. Procure na arara a peça mais bem feita, repare no caimento e acabamento da peça, que têm que estar perfeitos, pois costuras repuxadas e tortas acabam com o seu glamour.

Experimente dois tamanhos, nada de ter medo do tamanho escrito na etiqueta! Para melhor aproveitar o tecido, a confecção industrial às vezes sacrifica o modelo, tirando um pouquinho aqui e ali, o que faz uma baita diferença na peça final. As modelagens não são perfeitas. Por isso, é melhor pegar uma peça maior e ajustá-la, do que comprar do tamanho certo e não ter chance de melhorá-la para vestir melhor o nosso corpo.

2. Cuidado com materiais de baixa qualidade

Prefira tecidos naturais “mais respiráveis” e frescos como algodão e linho, pois tecidos muito sintéticos denunciam a baixa qualidade do produto, já que não dão caimento na peça.

Cuidado também com peças em malha: normalmente a qualidade da malha nessas lojas não é boa, deformando e fazendo bolinhas após a primeira lavagem e a peça termina na gaveta de “ficar em casa”.

Se encontrar uma peça de couro fake bem acabada e que pareça couro real, saiba que ela vai durar no máximo dois anos no seu guarda-roupa, depois vai começar a craquelar. Pondere se vale o investimento!

Atenção na seção de bolsas: a maioria das bolsas de couro fake tem cara de peça fuleira, prefira bolsas de materiais diferentes, como tecido ou palha. Os metais utilizados normalmente também não são de muito boa qualidade.

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E bolsa tem que ser boa, senão detona o resto da produção. Isso inclui observar os detalhes de couro de bolsas de tecido e palha também.

Olhe também as opções de bijoux, mas prefira peças de metal e não plástico e repare se estão bem coladas e montadas. Tem que parecer que foram caríssimas!

Aproveite as peças com a etiqueta “produto importado”, que normalmente são mais bem feitas, e têm melhor acabamento e caimento, principalmente casacos. Aliás, eu sempre acho melhores peças no inverno do que no verão nessas lojas.

3. Compre a tendência da temporada

Tendências são cada vez mais efêmeras, e se você gosta de estar up-to-date na moda, compre, use até enjoar e depois não tenha dó de passar adiante, já que pagou baratex! Venda, doe, ou troque com amigas, incentive o upcycling – o planeta agradece!

Se a peça vale a pena, você pode guardá-la e esperar a tendência voltar. A moda é cíclica uma hora ela volta, pode apostar!

4. Customize, use do seu jeito e crie um visual exclusivo

A chance de você comprar no fast fashion e encontrar por aí alguém usando uma peça igual é imensa! Imagine quantas peças são feitas de cada tamanho e modelo nessas lojas?

Transforme uma peça super repetida em uma peça exclusiva com o seu toque! Pantalonas podem virar pantacourt (a calça da vez, mais curta, na altura da canela); encurte mangas de blusas; aplique franjas, bordados, pedrarias; coloque elástico ou cordão na cintura e nas mangas de batas pra dar uma cara bem anos 70.

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Mude o propósito da peça: transforme camisas em saias, saias em vestidos ou blusas tomara-que-caia, abuse de sobreposições. Aumente suas possibilidades e crie um visual só seu!

5. Ajuste para o seu corpo

Muitas vezes amamos uma peça, mas a manga é desproporcional ao modelo ou sobra no gancho da calça.

O modelo usado na confecção dessas lojas é meio universal, difícil tudo servir certinho, por isso tenha sempre uma super  costureira pra ajustar as peças para o seu corpo (essa dica é muito valiosa e serve pra qualquer compra!).

6. Lisos ou estampados?

Prefira peças lisas e mais básicas, super necessárias em qualquer guarda-roupa, elas sempre vão ser sempre uma boa base para os acessórios brilharem! Além disso, são mais difíceis de enjoar e permitem que você use até gastar, sempre montando looks diferentes, só variando os acessórios.

Se comprar peças muito estampadas, resista ao impulso de usar no dia seguinte e guarde por um tempo (as estações se repetem anualmente, lembra?), assim a estampa “descansa” e as pessoas se esquecem dela.

Peças escuras também parecem que têm melhor qualidade do que claras, disfarçando mais linhas de costura e tramas de um tecido piorzinho.

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7. Compre com consciência

Não é por que é baratinho que você vai comprar uma de cada cor, certo? Pense no seu guarda-roupa, lembre-se das suas peças, se já não tem alguma muito parecida (será que não é a quinta calça jeans que você compra?)… Você não vai querer sair sempre com a mesma cara, né?

Existem muitas denúncias de abusos da indústria fast fashion sobre seus trabalhadores e é nosso papel ficar de olho nas marcas envolvidas nesses escândalos, além de consumir com consciência e critério para não alimentarmos ainda mais essa engrenagem de desrespeito. Combinado?

E por fim, tenha atitude ao comprar no fast fashion, você não é só um cabide!

Por Fernanda Barroso, consultora de imagem e estilo na TheStyleLab Consultoria