Torre de Miroku: a torre japonesa que fica pertinho de Santos
Às margens da represa Billings, em Ribeirão Pires (a 1h30 de Santos de carro), a Torre de Miroku exalta o belo, a arte e a paz.
Em outras palavras: um ótimo lugar para conhecer no final de semana. Especialmente, se você busca por espiritualidade, paz e contato com a natureza.
E você provavelmente nunca ouviu falar neste destino, certo? Calma, a gente explica. É que a Torre de Miroku é uma novidade. Já que o local começa a receber visitas do público neste dia 23 de agosto.
História da Torre de Miroku
Como o Juicy Santos não dorme no ponto, nós já vamos te apresentar o local. Assim, você pode visitar no final de semana ou se preparar para ir no próximo feriado do calendário, por exemplo.
Em resumo, a construção dessa obra de arte começou a ser desenhada em junho de 1973 no Brasil. Afinal, foi nesta época que Minoru Nakahashi fundou o Templo Luz do Oriente com o objetivo de divulgar, ao maior número de pessoas, os ensinamentos revelados por Deus ao seu mestre.
No entanto, a construção começou de fato em 2000. Sim, há 18 anos!
Nakahashi e a artista plástica Lilian Bomeny visitaram o Templo Horyu-Ji (que fica no Japão), considerado patrimônio mundial da Unesco. Além disso, estamos falando do templo de madeira mais antigo do mundo. E, durante a viagem, tiveram a inspiração para construir algo semelhante no Brasil.
A intenção era ter aqui um espaço onde as pessoas pudessem meditar e elevar a espiritualidade.
Imagem: Divulgação
“Os desafios para essa construção eram enormes e demandavam um custo altíssimo”, explica Maurício Nakahashi, filho e sucessor do reverendo Nakahashi, que faleceu em novembro de 2012.
A torre sem pregos
A construção ostenta nada menos do que 32 metros. São 5 telhados e 13 mil telhas, além de 400 toneladas de material. Vale ressaltar: tem apenas madeira (angelim pedra, jatobá e eucalipto) ecologicamente sustentável e concreto.
Nenhum prego ou parafuso foi utilizado na construção da Torre de Miroku!
Isso porque a técnica de sustentação, muito utilizada no Japão, é semelhante àquela utilizada com blocos de montar. Então, as vigas de madeira foram sendo encaixadas, uma a uma, intercalando com concreto.
Já no interior da torre fica uma escultura 3D executada durante 3 anos em blocos de madeira imbuia e folheada a ouro 24 quilates, simbolizando Kannon, uma divindade tanto masculina quanto feminina reverenciada desde os mais remotos tempos, especialmente no Oriente. Enchem os olhos também os vitrais criados e produzidos pela artista plástica Lilian Bomeny com cristais de Murano. Eles demoraram 5 meses para ficar prontos!
Em outras palavras: o lugar é uma verdadeira obra de arte. E ainda faz bem pra alma!
Como visitar a Torre de Miroku
O acesso é feito por meio de uma embarcação pela Represa Billings. Uma viagem que já começa com o clima oriental, já que o barco possui um dragão dourado na sua proa, simbolizando a proteção a Kannon.
São 20 minutos de contemplação da beleza da natureza local.
A visitação acontece de quinta-feira a domingo, das 10 às 16 horas. Mas, se você for durante o horário de verão, será até às 18 horas. E fique ligado pra garantir o seu ingresso com antecedência, pois a venda é feita apenas online.
Custa R$ 55 e inclui traslado da agência ao Tahiti Náutica Club ou espaço no Tahiti Náutica Club para guardar carros particulares. Crianças de 6 a 11 anos, estudantes e idosos têm direito à meia-entrada.
Regras da Torre de Miroku
Ficou interessado? Claro.
Mas, antes de comprar o seu ingresso, há que se ficar atento às regras do templo. Afinal de contas, estamos falando de um local religioso e nem tudo é permitido por lá. Fica proibido:
- Entrada de qualquer tipo de bebida e alimentos;
- Animais de estimação
- Peças inadequadas como, por exemplo, trajes de banho, decotes no colo e costas, ombros de fora, barriga à mostra, regatas, saias e shorts curtos.
- Fumar em qualquer dependência do espaço;
- Sentar, debruçar ou deitar na grama, bem como em qualquer outra dependência do espaço;
- Contatos íntimos acalorados como, por exemplo, beijos, abraços e carícias.
Também vamos ressaltar que, por enquanto, não há comércio de alimentos por lá. Então almoce ou lanche antes do passeio. O lado bom: tem distribuição gratuita de água e chá no templo.