2 dias em Vitória: um roteiro para descobrir a capital capixaba
Vitória é um destino muitas vezes esquecido pelos turistas brasileiros, mas que tem muito a oferecer, é barato e fica pertinho: 1h30 de vôo a partir de São Paulo.
Ou seja, perfeito para uma escapada de fim de semana ou um feriadinho!
Além disso, a cidade é muito forte no turismo de negócios, então há grandes chances de você acabar indo pra lá a trabalho e ter a oportunidade de aproveitar 1 ou 2 dias em Vitória antes de voltar. Mais ou menos o tempo que tive na minha primeira visita à cidade.
Na verdade, eu já tinha ido à Vitória, mas só vi o aeroporto, porque fui visitar a família do marido no interior do estado. Desta vez, conseguimos reservar um tempinho para passear na capital antes de seguir viagem.
Fiz um roteirinho básico e direto ao ponto com os programas que mais me interessaram e deu pra aproveitar bem!
Onde ficar em Vitória
Como o forte da hotelaria em Vitória é o turismo de negócios, a oferta de hotéis é grande e os preços são ótimos principalmente nos finais de semana e feriados.
Ficamos no Bristol Alameda Vitória, em frente à Praia de Camburi. Um hotel simples, confortável e bem localizado. Bem ok para uma viagem curta de 1 ou 2 noites.
Se você quiser um pouco mais de conforto, uma boa opção pode ser o Hotel Senac Ilha do Boi. Focado no turismo de lazer, o hotel tem piscinas, quadras e uma bela vista dos quartos. O restaurante serve uma famosa feijoada aos sábados, que você pode provar mesmo se não estiver hospedado lá.
O que fazer em Vitória à noite
Chegamos no fim da tarde e, depois de fazer check in e tomar um banho, seguimos rumo ao point do agito na cidade: o Triângulo das Bermudas, na Praia do Canto.
Não sei o porquê desse nome, mas é onde se concentram vários barzinhos e restaurantes. Parece uma Vila Madalena, só que bem menor.
Rodamos um pouco e decidimos parar no Dona Vilma, porque estávamos atrás de pratos típicos da cozinha capixaba. Nós tínhamos duas missões gastronômicas em Vitória: provar a autêntica moqueca e a torta capixabas.
O garçom foi checar na cozinha se era possível fazer a torta, que não estava no cardápio. Só que não. Não tinham entregado o bacalhau. Pedimos então a moqueca, que estava incrível!
Para quem não sabe a diferença, a moqueca capixaba não leva leite de coco ou azeite de dendê, como a baiana.
E eles defendem a sua receita com muito orgulho, usando a expressão “moqueca é capixaba, o resto é peixada”.
Passeios em Vitória
No dia seguinte, depois do café da manhã, partimos para explorar um pouco.
Começamos pela Praia de Camburi, em frente ao hotel.
A praia é muito bonita, muita gente caminhando e pedalando, apesar do tempo nublado (o que não me impediu de ficar vermelha e com marca de camiseta).
Seguimos até o Píer de Iemanjá, onde está uma enorme imagem da rainha do mar. O lugar é bem gostoso para curtir a vista, tomar uma água de coco e relaxar.
Seguimos o passeio, atravessamos a ponte e continuamos pela Avenida Saturnino de Brito até a Praça dos Namorados. Mais adiante, pegamos a ponte para chegar à Ilha do Frade, um bairro nobre da cidade. Logo na entrada, encontramos uma praia com vários barcos coloridos de madeira atracados, um cenário bem bonito.
Subindo a ladeira da entrada da ilha, chegamos à praça central, uma grande área verde com gramado, lago, patos e outras aves.
Aproveitamos para descansar um pouco e curtir a tranquilidade do lugar.
Continuando, entramos à direita na terceira rua da Ilha. É uma rua sem saída, mas chegando no final dela, à esquerda, está o acesso a um píer com vista para o mar e as ilhas próximas.
Decidimos que era hora de almoçar e chamamos um táxi para ir à Ilha das Caieiras.
Era longe, mas o trajeto foi bom para ver um pouco do centro da cidade. O bairro é um dos mais antigos de Vitória, famoso pela pesca, a gastronomia e as desfiadeiras de siri.
É um lugar simples, com casinhas amontoadas e uma linda paisagem do píer onde há vários restaurantes de comida típica capixaba.
Chegando lá, os funcionários dos restaurantes vieram com uma abordagem meio chata, insistente.
Dispensamos os chatos e resolvemos dar uma olhada primeiro antes de decidir onde almoçar. Acabamos escolhendo o Gosto Português, onde o garçom nos recebeu super bem e fez questão de mostrar o lugar e contar um pouco da história do bairro. Sentamos em uma mesa no píer, com vista para o Rio Santa Maria e os barcos de pescadores.
A torta capixaba
Lembra da missão gastronômica? Então, lá conseguimos provar a famosa torta capixaba. Ela é servida tradicionalmente na Semana Santa e, na verdade, não é uma torta. É um refogado de bacalhau, com palmito e cebola, coberto com claras em neve e levado ao forno. É bem gostoso, vale provar!
Depois de curtir o almoço, uma cervejinha e a paisagem da llha das Caieiras, voltamos ao hotel para pegar as malas e seguir viagem. Uma pena não poder ficar para o pôr do sol na Ilha, que deve ser maravilhoso.
Claro que há muito mais o que ver e fazer em Vitória – e também em Vila Velha, que são cidades vizinhas assim como Santos e São Vicente. Com mais tempo, dá pra pegar praia, ir ao Convento da Penha e conhecer a produção das famosas panelas de barro, entre outras atrações. Mas se você tiver pouco tempo como eu, esse roteirinho dá um bom gostinho da capital capixaba.