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Instituto Arte no Dique e sua nova sede

O projeto arquitetônico do Espaço Mais Cultura ‘Escola Popular de Arte e Cultura Plínio Marcos’, sede definitiva da organização não-governamental Instituto Arte no Dique, de Santos, foi um dos 140 selecionados, entre 251 inscritos de todo o mundo, para a Exposição Geral de Projetos da IX Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo. A escolha coube ao Comitê Internacional de Seleção, composto por 20 arquitetos de 8 países.
Na Bienal, que ocorre de 2 de novembro a 4 de dezembro, no Parque do Ibirapuera, na Capital, o projeto da escola, elaborado pelos arquitetos André Jost Mafra, Natasha Mendes Gabriel e Thais Polydoro Ribeiro, será apresentado na mostra Suporte Digital, ao lado de trabalhos executados em outras localidades do Brasil e em países como Estados Unidos, Moçambique, Bélgica, Senegal, Espanha, China, Guiné Bissau, Argentina, Uruguai, Áustria e Alemanha.

Escola Popular de Arte e Cultura Plínio Marcos
“O trabalho da equipe de arquitetos foi brilhante. Eles, junto da direção do Arte no Dique, conseguiram planejar o espaço da escola para que atenda às necessidades de cada oficina do Instituto. Não tenho dúvida de que esse moderno equipamento trará uma mudança enorme para a vida das pessoas que moram na favela Dique da Vila Gilda e vizinhança”, diz o presidente do Instituto Arte no Dique, José Virgílio Leal de Figueiredo, que ainda destaca: “Trata-se de um equipamento único no Brasil, pois reúne em um mesmo espaço todas as linguagens artísticas. Ali a pessoa terá acesso gratuito a teatro, cinema, dança, oficinas musicais, customização, educação ambiental e shows”.

A arquiteta Thaís Polydoro Ribeiro, que acompanhou o desenvolvimento do projeto desde o início, fala dos desafios enfrentados e da satisfação em ver o prédio, que tem entrega prevista para fevereiro de 2012, sendo erguido. “Foram cerca de 8 anos de batalha e articulação para tornar a Escola uma realidade. Foi um processo de conquista, mas hoje é muito gratificante ver o edifício quase pronto e saber da mudança que ele proporcionará para as pessoas que moram no Dique”.

Histórico
A Escola Popular de Arte e Cultura Plínio Marcos teve suas obras iniciadas no primeiro semestre deste ano, em terreno localizado na Av. Brigadeiro Faria Lima, no Caminho de São Sebastião, na favela Dique da Vila Gilda, uma das áreas de maior vulnerabilidade social da Baixada Santista. A previsão de conclusão dos trabalhos é para fevereiro de 2012.

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A edificação terá 690 m2 de área construída. O prédio de três andares contará com sala de dança, espaço para oficinas culturais, estúdio de música, laboratório de foto, ateliês, sala Cine Mais Cultura, além do Espaço Cibernético Gilberto Gil, que oferecerá um rico acervo de audiovisual aos frequentadores.

A obra, executada pela empresa Engeterpa, vencedora de processo licitatório, tem um valor total de R$ 1,8 milhão, repassados pelo Ministério da Cultura para a Cohab Santista, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Dique da Vila Gilda). O Instituto Arte no Dique tem como mantenedora a empresa Libra Terminais.


Sobre o empreendimento

A primeira etapa de implantação do projeto com 690m2 de área construída será o Armazém Cultural que abriga as funções vitais do Instituto com área de administração, serviços, oficinas culturais e de produção, estúdio, espaço multimídia, terraço, pátio e uma sala multiuso.

A sala multiuso com platéia interna para 100 pessoas foi projetada para atender à eventos, apresentações culturais e cinema com iluminação e planejamento cênico adaptáveis a cada ocasião.

Nos eventos externos, a sala tem abertura para o pátio transformando-se em um palco que poderá receber shows e espetáculos ao ar livre.
O espaço multimídia é outro atrativo do projeto, o Espaço Cibernético Gilberto Gil, um memorial ao padrinho do Instituto junto com acervo de música e vídeos da cultura popular brasileira.

Na segunda etapa da construção o projeto prevê ampliar as áreas de oficinas, sala de leitura, café-cantina, loja e área de exposições com acervo do escritor e dramaturgo Plínio Marcos.

Ludmilla Rossi
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