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Ser mulher em Santos é político

Na cidade com maior número de eleitoras mulheres no Brasil, a representatividade é ainda pequena demais, tanto na própria política quanto em posições de liderança. Por isso, ser mulher em Santos é político.

Santos, proporcionalmente, concentra o maior número de mulheres no país. Elas representam 54,2% da população, segundo o IBGE. Mesmo sendo maioria entre os habitantes, elas são minoria nos espaços de representação política, principalmente na chefia da administração municipal.

No país, a questão da representatividade é ainda mais urgente. Segundo o site da Câmara dos Deputados federais, um estudo da União Interparlamentar, ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), coloca o Brasil em 120º lugar em um ranking da proporção de mulheres nos parlamentos, atrás de países islâmicos como Paquistão, Sudão e Emirados Árabes Unidos.

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Aqui no país, tivemos inúmeros direitos conquistados tardiamente, como o direito de trabalhar sem precisar de autorização do marido, apenas em 1962.

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O Brasil vai levar 120 anos para ter equidade de gêneros na política

Então, como fazer para ouvir e atender às demandas de quem está à frente de famílias, negócios e empresas se elas não estão na mesa para serem ouvidas?

Como abrir diálogos não apenas inclusivos, mas propositivos, para elas?

Vale dizer que política não é só partidária. Política é ter recursos, possibilidades de desenvolvimento econômico, é ter um lar seguro para onde voltar ou deixar seus filhos enquanto trabalha.

Uma cidade pensada também por elas – e para elas

Santos teve apenas uma prefeita – Telma de Souza, entre 1989 e 1992. Em seguida, Santos teve algumas lideranças femininas, como Carina Vitral, Audrey Kleys e Cassandra Marone. No entanto, nos anos 2010, o número não apenas estagnou como diminuiu, em uma tendência que contraria o espelho de uma sociedade mais inclusiva e diversa.

Renata Bravo é vice-prefeita de Santos desde 2020. Foi ela quem articulou, em 2022, a criação da secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, da qual também é secretária.

É uma pasta inédita na cidade que promove a cidadania por meio da defesa dos direitos de idoso, da mulher e das pessoas com deficiência, assim como a igualdade racial e étnica.

Seu estilo de liderança política é de escuta e empatia, ela sempre reforça isso nas entrevistas e comunicações.

É importante dizer que a Renata estar ocupando um cargo importante traz para meninas e jovens um aspecto importante. Porque a gente não consegue ser o que não consegue ver. Renata ali é uma possibilidade de mais mulheres se enxergarem em posições de poder.

Ser mulher em Santos é político – e ela é um exemplo

Assista ao Juicycast completo com a entrevista da vice-prefeita Renata Bravo

 

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