Seria “inocentite” minha?
O técnico Tite diz não trabalhar com expectativa e, sim, com realidade. Por mais que o Brasil tenha terminado invicto a primeira fase da Copa da Rússia e o futebol mostrado aparente crescimento, não consegui ficar empolgado.
Pelo que se observou nos jogos das Eliminatórias e nos amistosos preparatórios, esperava uma Seleção mais envolvente e menos pragmática.
Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Seria “inocentite” minha?
Tudo bem, há um adversário do outro lado que impõe dificuldades, mas o natural clima competitivo do Mundial é que vejo como responsável por isso.
Esse componente irá se intensificar com o decorrer dos mata-matas, conforme o Brasil for avançando – e talvez tornando as partidas ainda mais enfadonhas. Isso, porém, há muito tempo é sinônimo de eficiência no futebol.
O bom é que o conjunto, conforme se previa, está se sobressaindo, aliado ao voluntarismo, sem individualidades exacerbadas. O desempenho – e as nuances – de Neymar ao longo dos três jogos iniciais – contra Suíça, Costa Rica e Sérvia – sintetizam com exatidão: de nervoso e individualista para calmo e preocupado com a marcação.
Vem, hexa!
Por essas e outras, a confiança no hexa segue intocável. Como o título ainda não é realidade, o jeito é viver de expectativa.
Seria, novamente, “inocentite” minha?
*Ted Sartori é jornalista desde 2000 e trabalhou no jornal A Tribuna, de Santos. Escreveu o livro “‘100 anos da Vila Belmiro”, junto com Almir Rizzato. Também tem o blog Arquivos1000 e um canal do YouTube com o mesmo nome, assim como o Só Esportes. Os dois apresentam um registro incrível da TV brasileira e também das transmissões esportivas.