Texto porJuicy Santos
Santos

Neymar Jr: a polêmica veste a camisa 10

Neymar sofreu nove faltas contra a Suíça.

Neymar cedeu à marcação.

Neymar usou um cabelo que rendeu gozações.

Neymar sentiu o peso da estreia.

Neymar teve dores no tornozelo.

Neymar é dúvida.

Neymar vai pro jogo.

Neymar muda corte de cabelo.

Neymar precisa jogar mais pro time.

Neymar se irrita após pênalti não marcado.

Neymar tem “gestos artísticos”.

Neymar leva cartão amarelo.

Neymar marca o primeiro gol no Mundial.

Neymar chora após a vitória contra Costa Rica.

www.juicysantos.com.br - neymar jr Fotos: Divulgação/Mowa Press

Tudo isso num espaço de menos de uma semana. Inevitável: Neymar está na pauta do dia. De todos os dias em solo russo.

Não há dúvidas da capacidade técnica do camisa 10 da Seleção. Já deu inúmeras provas de que a confiança depositada em seu futebol tem justificativa. Mas tenho a impressão de que o peso sobre seus ombros, colocado por si mesmo ou por quem o vê jogar, seja torcedor ou analista, parece que tem atrapalhado o jogador.

Neymar tem 26 anos. Como agíamos com essa idade? E como agiríamos, na mesma idade, se vivêssemos sob as mesmas condições dele?

Algumas escolhas, ao longo da carreira, é certo, foram equivocadas, como a saída conturbada do Santos Futebol Clube para o Barcelona, até hoje com várias pontas soltas.

O universo Neymar Jr

A opção pela exposição, pela vida badalada, pela namorada global, pelos amigos aos montes sob sua escolta, a vaidade, especialmente a capilar, sob análise frequente. Esse é o universo Neymar, aceitemos ou não.

É cobrada maturidade do jogador, especialmente por ser a estrela da companhia. Ele não pediu para ocupar esse posto, o obteve por méritos.

Há quatro anos, viu, num lance violento, o sonho da primeira Copa desmoronar, antes mesmo dos 7×1. Neymar vinha até bem na Copa do Brasil. Era a primeira. Passados quatro anos, muita coisa mudou. Nele, na seleção, em nós.

www.juicysantos.com.br - neymar jr copa da rússia

Talvez estejamos mais impacientes, menos tolerantes. Então, o “mimimi” virou recurso para desmerecer posicionamentos. E Neymar precisa, sim, entender que o seu bem-estar em campo já será suficiente para ajudar a Seleção. O time de Tite conta muito com ele, mas não apenas com ele. Especialmente, está aí Philippe Coutinho para não deixar mentir.

Neymar, jogue o que sabe, o que não é pouco. A equipe vai agradecer e retribuir também. E o Brasil vai poder comemorar.

*Anderson Firmino é jornalista desde 2001