Bad Religion em Santos: quando o apagão nacional virou o maior espetáculo da banda
Público santista transformou caos em coro coletivo
Bad Religion em Santos é sinônimo de história para o rock.
A banda californiana, veterana do hardcore, já declarou seu amor pelo Brasil várias vezes. No entanto, foi na Baixada Santista que viveu um dos episódios mais marcantes da carreira.
Tudo aconteceu no dia 11 de março de 1999, quando um apagão nacional transformou um show que tinha tudo para dar errado em um momento épico para os fãs e para o próprio grupo.
Conexão com o Brasil
Antes de falar do show lendário, vale lembrar: o Bad Religion é uma das bandas mais influentes do punk rock e do hardcore mundial.
Formado em Los Angeles, em 1980, o grupo liderado pelo vocalista Greg Graffin é conhecido por letras críticas, riffs acelerados e shows intensos.
Eles já lançaram mais de 15 álbuns de estúdio e se tornaram referência para gerações de fãs. No Brasil, a banda coleciona apresentações cheias de energia, inclusive no festival The Town, onde vieram de última hora para substituir os Sex Pistols na noite do rock.
Show no Morro da Nova Cintra
A cena é quase cinematográfica. No palco da antiga casa de shows Jump, no Morro da Nova Cintra, o Bad Religion executava “Generator”. De repente, tudo parou. As luzes se apagaram, o som caiu e um blecaute atingiu vários estados do país.
O grupo já havia enfrentado duas horas de atraso por falta de energia. Por isso, ninguém sabia ao certo se conseguiria terminar o show.
Mas, em vez de desânimo, veio um momento histórico. Mesmo sem energia elétrica, o público permaneceu firme, cantando à capela em alto e bom som.
No entanto, em vez de desânimo, surgiu um momento histórico. Mesmo sem energia elétrica, o público permaneceu firme. Além disso, cantou à capela, em alto e bom som, transformando a apresentação em um ato inesquecível.
Um show lendário
Esse episódio de 1999 ainda é lembrado por Greg Graffin em entrevistas, como na Rádio Rock, e reforça a relação especial da banda com o Brasil.
O show de Santos entrou para o folclore do grupo: um apagão que, em vez de silêncio, trouxe um coro inesquecível e consolidou a história da cidade no mapa do rock mundial.
