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Santos e o boom imobiliário: evolução ou construção de problemas?

Nos últimos anos, o preço dos imóveis disparou nas principais cidades do país. Porém, poucos lugares experimentaram valorização e boom imobiliário tão rápido e consistente como Santos. O que mais se vê na cidade são novos condomínios – na grande maioria de alto padrão – sendo construídos. Ou seja, virou rotina dentro do município, pequenos prédios e casas serem demolidas para dar espaço a grandes empreendimentos.

Mas ao contrário do que se pensa, o boom imobiliário não é de hoje. Tudo começou quando a descoberta do pré-sal e a ampliação do porto foram anunciadas em Santos. Essas modernizações urbanas fizeram com que a cidade virasse grande tendência de mercado e entrasse na mira das principais empresas dos mais variados setores.

Um forte exemplo do interesse econômico das organizações por Santos, fica por conta da Petrobras. Com a finalidade de explorar o petróleo na bacia da cidade, estima-se que entre 2013 até 2017, a empresa construa três grandes edifícios para abrigar seus funcionários. Com a instalação da estatal no município, 30% dos empregos oferecidos no setor de petróleo e gás nos próximos anos levarão o nome da empresa.

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Se por um lado tudo corre com boas expectativas, outro segue com dados preocupantes e com agravantes expostos diariamente. Com todo esse crescimento populacional na cidade, pouco se sabe sobre reestruturação e melhorias no transporte em Santos, que já virou pauta para muita discussão.

Boom Imobiliário em Santos

Apesar do incentivo da prefeitura para utilizar bicicletas como meio de transporte, recentemente foi divulgado que a partir do mês de junho serão iniciadas as obras para a retirada de alguns pontos de ciclovia da cidade. Essa medida foi tomada para aumentar o fluxo de carros e reduzir o número de congestionamentos.

Ainda se tratando de locomoção, outra questão que causa grande insatisfação é a entrada de Santos e o trânsito nas pistas sentido porto, que com o último episódio da super safra de soja, semanas de engarrafamentos foram registradas, causando grande revolta da população.

A expectativa de melhora fica a cargo da construção do veículo leve sobre trilhos, o VLT. Previsto para ter o primeiro trecho entregue em 2014, o VLT teria um percurso de 15 km entre o Valongo e São Vicente. No futuro, cidades como Guarujá e Praia Grande também seriam integrados ao esquema. As obras de mobilidade urbana viabilizariam a ocupação imobiliária de bairros mais afastados do centro da cidade sem afogar o trânsito.

 

Com a colaboração de Bruna Reginaldo.

Ludmilla Rossi
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