Vira arte e gera renda para mulheres: projeto transforma redes de pesca em acessórios
Esse é o tipo de história linda que a gente adora contar aqui. Na Baixada Santista, um projeto do Instituto Gremar recicla petrechos de pesca sem utilidade para virar produtos artesanais nas mãos de mulheres. E o melhor: gerando renda e autoestima para elas.
A Rede de Mulheres pela Vida Marinha envolve mulheres de comunidades pesqueiras da região para transformar redes de pesca em acessórios e liberdade financeira.
Nessa ação, que conta com o apoio da Santos Brasil, mulheres de comunidades pesqueiras da região participam de oficinas de artesanato. Nesse espaço, aprendem a criar peças únicas e cheias de significado.
Além disso, rodas de conversa e palestras abordam temas como empoderamento feminino, microempreendedorismo, autovalorização e conscientização ambiental.
Redes que viram acessórios
As as redes de pesca são 46% de todo o plástico do oceano, de acordo com dados da ong Mercy for Animals.
Dessa forma, o projeto muda vidas enquanto protege os nossos oceanos ao fazer a destinação correta desses materiais.
“É um projeto focado na questão ambiental, mas também apto a transformar vidas, pois tem aspectos sociais importantes, trabalhados de forma participativa com a comunidade. Assim valorizamos a cultura da comunidade dos pescadores e abrimos oportunidade para mulheres se empoderarem com uma atividade econômica, reciclando materiais que já não teriam mais utilidade e buscando juntos soluções para preservar a vida marinha”, afirma Rosane Farah, bióloga e responsável técnica do Instituto Gremar.
Béatrice de Toledo Dupuy, da Santos Brasil, destaca a importância da iniciativa.
“Esta combinação é extremamente benéfica ao possibilitar a preservação da vida marinha e ainda oferecer a oportunidade de geração de renda, especialmente para mulheres, contribuindo para o progresso dessas comunidades e para uma perspectiva de futuro mais promissor para essas famílias. Estamos satisfeitos em ampliar a parceria que iniciamos com o Instituto Gremar no ano passado“, afirma.
Com duração inicial de um ano, o projeto culminará em um evento para apresentar e comercializar os produtos artesanais criados pelas participantes. Ainda não há local ou data confirmados.
Sobre o Instituto Gremar
ONG pioneira na região, fundada em 2002, o Gremar monitora o meio ambiente, reabilita animais, promove educação ambiental e atende emergências com fauna marinha e silvestre. Além disso, oferece cursos para profissionais da área ambiental.