Patrimônio Mundial da Unesco na Baixada Santista: temos 2 candidatos
Você viajaria até um lugar mega distante para visitar um Patrimônio Mundial da Unesco? Talvez isso não seja mais necessário, pois temos dois candidatos da Baixada Santista que podem entrar para lista.
Sim, nós estamos falando da possibilidade de ter um Patrimônio Mundial da Unesco na Baixada Santista.
São dois fortes no páreo: Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, em Guarujá e o Forte São João, em Bertioga.
Patrimônio Mundial da Unesco na Baixada Santista
Em resumo, para quem não está entendendo nada: em 2018, o Brasil ocupa a vice-presidência do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco.
Por isso, o país trabalha para conseguir novos títulos no decorrer dos próximos anos. Atualmente, são 21 patrimônios espalhados pelo território nacional.
Mas a ideia é que, em 2019, Paraty entre para a lista. Em seguida, está o Sítio Roberto Burle Marx (Rio de Janeiro) e logo depois, o conjunto das fortificações brasileiras, do qual os pontos turísticos da Baixada Santista fazem parte.
Para quem ambos os fortes entrassem para a lista, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realizou visitas aos endereços.
Além dos pontos de referência na Baixada Santista, o Conjunto das Fortificações Brasileiras tem também construções em locais como, por exemplo, Rondônia, Bahia, Pernambuco e Santa Catarina. Ou seja, em um total de 19 fortes.
Em comum, todas são datadas do século XIV a XIX.
“O Brasil tem centenas de fortes, a maioria tombado. Foram pinçados os que tiveram contatos culturais diferenciados, ou por conflito bélico, ou por contatos culturais. Esses são os fortes que configuraram o desenho do Brasil, protegendo suas extremidades”, explica o arquiteto do Iphan, Victor Hugo Mori
Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande
Imagem: Divulgação/Pedro Rezende
Caso você não conheça o local, é uma viagem diretamente para 1584.
Naquele ano, o Forte de Santo Amaro da Barra Grande iniciou sua construção, sob responsabilidade dos espanhóis, para que fosse evitado o ataque de piratas.
Em resumo: a fortaleza sofreu um ataque de piratas ingleses, no comando de Thomas Cavendish, em 1590. Depois, em 1615, o local evitou uma tentativa de reabastecimento de barcos holandeses e, em 1710, um novo assalto, dessa vez de piratas franceses.
A importância estratégica foi perdida depois da construção do Forte de Itaipu, em Praia Grande.
Forte São João
Imagem: Divulgação
Por sua vez, o Forte de São João (Bertioga) foi o primeiro do gênero no Brasil.
A construção data de 1532. Quem deu as ordens para fazê-lo foi Martin Afonso de Souza, o colonizador vindo de Portugal. Primeiramente, teve sua estrutura em paliçada de madeira e recebeu o nome Forte São Thiago. Logo após, em 1547, foi reerguido em alvenaria – depois de ser totalmente destruído em um ataque indígena.
O nome Forte de São João veio só em 1765. De acordo com a história, o novo nome surgiu em virtude de uma capela dedicada a este santo que ficava no local.
Estamos torcendo para que os fortes da Baixada Santista façam parte dos Patrimônios Históricos da Unesco!