Os primeiros 100 dias de governo em Santos: o que teve e o que precisamos acompanhar
O período inaugural de uma nova gestão política carrega consigo uma aura de expectativa e um potencial único para moldar o futuro de uma cidade. Na Baixada Santista, o início do segundo mandato do prefeito Rogério Santos não foge a esta regra, marcando os primeiros 100 dias como um período crucial para que a população acompanhe o que está acontecendo e cobre o que ainda precisa tomar forma.
E o dia 10 de abril marcou essa data aqui em Santos.
De onde surgiu a história de analisar os primeiros 100 dias de um governo?
Segundo o ebook da cientista política Chris Disconsi, o presidente americano Franklin Roosevelt em 1933 foi o primeiro a adotar a métrica simbólica. Ela oferece uma janela de avaliação precoce do ritmo, das prioridades e do comprometimento de um governo.
De fato, os 100 dias iniciais têm uma importância particular. É nesse período que a gestão dispõe de um maior capital político, após uma eleição vitoriosa. Uma equipe motivada e uma população mais receptiva a mudanças ajudam a construir um cenário favorável. Portanto, é uma oportunidade para estabelecer um novo ritmo administrativo e iniciar transformações que podem definir os anos seguintes.
O que teve nos 100 primeiros dias de governo em Santos?
Na Baixada Santista, os eleitores escolheram Rogério Santos para seguir como chefe do Executivo. As promessas de campanha, focadas em áreas estratégicas como reformas administrativas, melhorias na saúde, infraestrutura urbana, habitação e mobilidade, criaram uma grande expectativa na população local.
E, de acordo com informações divulgadas pela própria administração municipal, os primeiros 100 dias tiveram uma centena de avanços em diversas áreas, sob os princípios do desenvolvimento sustentável, da eficiência e de diretrizes humanizadas.
Em relação ao Desenvolvimento Humano, destacam-se iniciativas de impacto direto na qualidade de vida da população. A inauguração da Policlínica Vila Gilda e do Centro de Convivência Rádio Clube representam um marco nesses bairros, levando serviços essenciais a uma comunidade distante da realidade da orla. Em paralelo, houve avanço, ainda que tímido, nas obras do Parque Palafitas, um ambicioso projeto habitacional de reurbanização do Dique da Vila Gilda.
Na educação, estão avançando as obras da nova UME Rei Pelé, no Gonzaga. A nova unidade terá capacidade para atender mais de 1.000 alunos da cidade. Além disso, Santos recebeu o selo ouro do Compromisso Nacional com a Alfabetização.
Em saúde, houve um aumento expressivo nos atendimentos do programa Consultório na Rua, a modernização da frota de ambulâncias do SAMU, a inauguração da Clínica de Neurodesenvolvimento especializada no tratamento do autismo e o progresso na construção do primeiro Hospital Veterinário Municipal de Santos.
Em esportes, lazer e cultura, também tivemos avanços, como editais da Política Nacional Aldir Blanc e uma generosa oferta de vagas para cursos gratuitos de modalidades esportivas e culturais.
Para saber o que mais teve nesses primeiros cem dias, consulte esta lista.
Como saber se as promessas de campanha estão sendo cumpridas?
Você pode e deve cobrar os prefeitos pelas promessas de campanha. As palavras-chaves aqui são transparência e acesso à informação.
Volte nos planos de governo divulgados em campanha e avalie o nível de comprometimento e realização que o então candidato, agora prefeito ou prefeita, está exercendo.
Em Santos, por exemplo, o Plano de Metas 2025-2028, entregue à Câmara Municipal, também estabelece diretrizes estratégicas e metas quantitativas para os próximos quatro anos, servindo como um ponto de referência para a cobrança popular. E, falando em Legislativo, vale lembrar que participar das sessões ou assistir pela internet é outra forma de se informar sobre os projetos e demandas.
O cidadão precisa se apoderar de seu papel como fiscalizador e parte ativa no processo político, alinhando-se com a ideia de que a cidadania vai muito além do voto.