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Filmes dirigidos por mulheres representam Santos em festival na Coreia do Sul

Curtas produzidos nas Oficinas Querô vão viajar o mundo na edição 2025 do Inter-City Film Festival, em Busan.

Tempo de leitura: 3 minutos

As realizadoras mulheres estão brilhando no audiovisual caiçara. Dois curtas metragens com direção e produção feminina acabam de ser selecionados para o 9º Inter-City Film Festival, em Busan, Coreia do Sul.

“Amar ao Envelhecer” e “Flores Invisíveis” levarão vozes e olhares da cidade para um dos palcos mais interessantes do cinema independente internacional, entre os dias 29 e 31 de agosto de 2025.

www.juicysantos.com.br - Filmes dirigidos por mulheres representam Santos em festival na Coreia do SulFotos: divulgação

Os dois curtas-metragens tiveram origem nas Oficinas Querô, projeto dedicado à formação de jovens em cinema e audiovisual. E as produções vão representar Santos na grade do festival, que reúne filmes das Cidades Criativas do Cinema da Unesco, incluindo também cidades parceiras da Associação de Cinema Independente de Busan.

Os filmes de Santos que vão para a Coreia

Com roteiros assinados e dirigidos por mulheres, os curtas falam sobre temas que ressoam em qualquer lugar do mundo. Um deles trata de amor e de recomeços na velhice. O outro, de mulheres autistas que rompem invisibilidades.

Esse é um resultado incrível da combinação de políticas locais e projetos sociais que apostam tanto na formação técnica quanto no olhar crítico e sensível dos jovens. Na esteira desses dados, o próprio festival coreano nasce com o objetivo de fortalecer a troca cultural entre cidades criativas reconhecidas pela Unesco. E Santos possui esse título desde 2015..

Histórias de Santos para o mundo

“Amar ao Envelhecer” propõe uma reflexão sobre afetos, descobertas e possibilidades de recomeço na terceira idade. De Raíssa Cabral e Thalita Baeta, o curta acompanha três personagens com trajetórias que exploram o amor a partir de diferentes perspectivas. Também  deixam claro que sempre é possível olhar para si de novo, independentemente das marcas do tempo.

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Já “Flores Invisíveis”, documentário de Livia Doria e Maria Fernandes, traz à tona a experiência de três mulheres autistas. O filme desconstrói estereótipos, evidencia o cotidiano de suas protagonistas e mostra a força de se tornar visível em uma sociedade ainda cheia de barreiras para quem foge dos padrões mais esperados.

Ambas as produções contaram com o envolvimento de jovens do projeto Oficinas Querô, que, entre 16 e 20 anos, participaram desde a ideia até a finalização das obras, sempre com tutoria de profissionais atuantes no mercado.

O cinema, além de ser arte, também se torna ponte para inclusão e geração de perspectivas concretas de futuro para jovens em situação de vulnerabilidade social.