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Censo de árvores de Santos mapeia as espécies da cidade

Você sabe quantas árvores existem em Santos? Consegue imaginar quais são as espécies mais comuns ou então em qual situação elas vivem? Provavelmente não… Mas, em breve, isso vai mudar. Começou recentemente o censo de árvores de Santos.

Aliás, o primeiro bairro já foi concluído. Ou seja, já dá pra ter uma ideia de como nós vivemos com a natureza em nossas ruas.

Censo de árvores de Santos

Na esquina onde Valquíria trabalha, fica uma árvore repleta de amoras. O local em questão está na Pompéia, o primeiro bairro visitado por Gabriella de Ponte e Natália Pertusi. Elas são as estagiárias da Secretaria do Meio Ambiente (Semam) que percorrem as ruas da cidade para preparar o primeiro censo de árvores de Santos.

Em mãos, as duas levam fita métrica, trena, máquina fotográfica e um bastão de 1,30m de altura.

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Primeiramente, o trabalho, coordenado por Sandra Pivelli (bióloga da Semam), é mapear as espécies localizadas na área insular plana. Para isso, as estagiárias medem o diâmetro do tronco e a altura do espécime. Em seguida, o trabalho é mensurar o formato e o diâmetro das copas, o tipo de pavimento utilizado nas calçadas e o estado de conservação do piso. Para finalizar, são anotadas a presença de flores, insetos, parasitas e epífitas (bromélias, orquídeas e samambaias, por exemplo), além de possíveis interferências com a rede elétrica ou hidráulica.

Uma curiosidade é que, na Pompeia, as árvores mais altas foram um chapéu de sol e um guanandi, ambos com cerca de 20 metros. De acordo com as estimativas, todos os bairros devem estar mapeados até o final de 2020.

O que o censo de árvores de Santos descobriu até agora

A praça em que os temperos da Valquíria são vendidos foi analisada, assim como toda a Pompeia. No total, o levantamento encontrou 373 árvores e 41 espécies diferentes. Em sua maioria, são ingás, saboneteiras, ipês, quaresmeiras e oitis. Entre os dados obtidos, o estudo descobriu, por exemplo, que mais de 90% das árvores sofreram algum tipo de agressão.

Se você presenciar ou observar algo do tipo, vale entrar em contato com a ouvidoria do município para denunciar e pedir orientações.

“Encontramos a presença de pregos, pinturas, nomes, placas, cortes nos troncos e até mesmo podas sem autorização. Tudo isso é proibido pela legislação e pode gerar multas superiores a R$ 5 mil aos infratores”, explica o chefe do Departamento de Políticas e Controle Ambiental da Semam, João Cirilo.

A primeira fase do censo também mostrou que cerca de 30% das árvores possuíam algum tipo de proteção providenciada pelos próprios moradores do bairro.

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Jornalista,