Texto porLuiz Gomes Otero
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Metallica, entre o heavy metal e o mainstream

Em seu mais recente trabalho, a banda Metallica tenta encontrar um equilíbrio entre o passado glorioso do heavy metal e o hard rock com toques de mainstream, que pontuou alguns momentos recentes do grupo.

E o resultado foi o álbum duplo Hardwired To Self-Destruct, com canções matadoras mostrando uma banda cada vez mais afiada em busca do seu reconhecimento.

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O fato é que James Hetfield (guitarra), Lars Ulrich (bateria), Kirk Hammet (guitarra) e Robert Trujillo (baixo) estão bem entrosados e cientes do som que querem desenvolver.

Na primeira faixa do novo disco do Metallica, Hardwired, eles retomam o arranjo na linha do speed metal, que lembra os tempos de álbuns como Master of Puppets, nos anos 80. Mas também há momentos em que o mainstream se faz presente, mas de forma coerente, com nas faixas Halo On Fire e Dream No More.

Há uma homenagem ao ídolo Lemmy, da banda Moterhead, que faleceu recentemente, na faixa Murder One. E os sons do passado voltam a ecoar em Spit Out The Bone, faixa que fecha o segundo disco do álbum.

Gostei muito da postura de Hetfield e do Hammet nesse trabalho. Ulrich e Trujillo formam  uma cozinha ritmica competente, que dá o suporte necessário para os outros dois companheiros.

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Em faixas como Confusion e Am I Savage, o Metallica mostra que encontrou o equilíbrio entre o heavy metal mais pesado e o rock com ares de anos 70, que também serviu como base de sua formação musical.

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O resultado vai agradar fãs e até mesmo quem nunca se ligou no som dos caras.

É rock de boa qualidade. Talvez não no nível dos melhores trabalhos do passado. Mas, ainda assim, o álbum traz um rock tocado com competência e, principalmente, autenticidade.