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A vida é curta para não morar em Santos e eles perceberam isso em 2020

Segunda-feira, 5h30. 

Acordar, levantar, banho, roupa. Café? Se acaso der tempo, é uma boa. Ponto de ônibus, fretado, trânsito. Bem-vindo a São Paulo. 

Depois de receber o diploma universitário, essa é a rotina que muitos santistas desejam encarar. Horas entre ir e vir do trabalho na capital paulista, onde boa parte das grandes empresas (e dos salários também) se encontram. Tempos depois de realizar o sonho, vem a constatação: é muito mais fácil ir viver em São Paulo do que morar hora no trabalho, hora no assento de um ônibus fretado. 

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E então a mudança para o DDD 011 acontece. Quase como um passo natural entre nascer, se formar e virar um profissional bem sucedido. 

Acontece que a vida é curta para não morar em Santos

Ou pelo menos foi o que praticamente um ano de quarentena deu a entender. 

Quando o isolamento social foi decretado, lá em março de 2020, muita gente decidiu passar os dias de home office com a família. Em outros casos, o confinamento em São Paulo levantou um questionamento antigo sobre não pertencer àquele lugar. É o caso da jornalista Carolina Gutierrez. 

“Comecei a trabalhar em home office em março. Logo em seguida a empresa anunciou a intenção de só reabrir o escritório em junho de 2021. E mesmo assim seria com horários mais flexíveis, ou seja, sem a necessidade de ir todos os dias”.

No emprego do esposo (também de Santos), o cenário foi o mesmo. E, por isso, não demorou para eles se questionarem: o que nós ainda estamos fazendo aqui? Foi assim que depois de quatro anos vivendo em São Paulo, o casal decidiu pesquisar apartamentos em Santos. Em agosto. o imóvel estava escolhido e, em outubro, a família já vivia no novo endereço. 

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Na experiência do casal, voltar para o litoral já era um desejo – que eles planejavam tornar real em mais ou menos 5 anos. A pandemia acelerou a mudança.  

Mas tem quem não soubesse que precisava se mudar 

É o caso do publicitário Daniel Fiuza, santista radicado em São Paulo há 13 anos. Casado com Amanda, ele confessa: não imaginava voltar a viver na cidade.  

“Ficamos em casa todo esse tempo… Depois de uns quatro meses estando em São Paulo sem desfrutar das vantagens da cidade, começamos a falar sobre Santos”.

Inicialmente, a conversa era despretensiosa. Mas começou a ganhar mais força e a pesquisa por apartamentos na cidade teve início. A mudança aconteceu no final de 2020 e enquanto você lê essa matéria, provavelmente, Daniel está trabalhando perto de uma pilha de caixas que ainda não abriu. 

Mesmo assim, ele não tem dúvidas em dizer que já sente diferença em sua rotina. 

juicysantos.com.br - A vida é curta para não morar em SantosAlguém além do Daniel ficou bem feliz com a mudança

“São Paulo fazia sentido com o deslocamento necessário para trabalhar. Com isso fora da equação, estar em Santos passou a fazer muito mais sentido”.

Assim como Carolina, ele não tem uma nova mudança em mente. Veio para Santos para ficar. Entre outras coisas, estar aqui o ajudou a desacelerar e a trazer mais qualidade de vida para a rotina, mesmo estando em isolamento e em casa na maior parte do tempo.

Eram apenas 15 dias 

Enquanto isso, Luiza Lemos e Sophia Villanueva, ambas estudantes vivendo em São Bernardo do Campo, têm outra experiência sobre a volta a Santos. Elas vieram passar 15 dias com a família e voltar para casa. Mas a quarentena aumentou, aumentou e aumentou…

“Eu vim para passar 15 dias com os meus pais, já que o estágio estava home office e a faculdade EAD. Mas ainda estou por aqui”, conta a Luiza. 

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Para ela, entre os pontos positivos de estar na cidade estão, por exemplo, os hábitos mais saudáveis e a maior liberdade que uma cidade litorânea oferece. Apesar disso, a chave do apartamento está repousada sobre a mesa. Apenas esperando a hora de voltar à rotina normal… que ela deseja que não seja definitiva. 

“Espero voltar para São Paulo, pois estou no início da minha carreira. Mas a praticidade se tornou um ponto chave na minha depois do que passamos com a pandemia, então quero voltar a viver em Santos ou em outra cidade parecida em breve”. 

A Sophia devolveu as chave do apartamento onde vivia. Está definitivamente em Santos, até quando? Ela não sabe dizer. Mas tem certeza que não importa para onde vá, a cidade sempre será o seu cais.

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Jornalista,